2009/12/29

...

2009/11/09

Resposta aos comentários - O Douradinho

Pois bem, segue a minha resposta não só ao desafio lançado pela Gaja da beira mas também a todos os comentários que se geraram!
Já foi peixe, não respira nem tem sede e definitivamente, está frito! Que querem que vos diga... Foi tudo o que consegui pescar... foi a cena que consegui arranjar!



Agora duas músicas...






------------------ /// ---------------------------

No que toca ao desafio lançado pelo ".RU." considerei-o extremamente motivante, não tanto como forma de animar o blog mas como um projecto fotográfico. Muito obrigado pela ideia! Limito-me de momento a agradecer mas com a promessa de uma resposta para breve...

2009/10/27

Quero desafios...

Pois bem minha gente. Claramente, não tenho escrito nada de jeito neste blog. Não ando contente com ele. Ando numa fase de excessos do que é mau e faz mal, de défice do que é bom e faz bem. Andei a dar demasiada importância aquilo que nada traz. Quero mudar. Quero puxar pelo meu lado activo... criativo... imaginativo... abstracto. Necessito de soltar-me do real. Conto com a vossa ajuda.

Por tempo indeterminado e, enquanto forem surgindo desafios, este blog será alimentado assim.

A ideia:

Lancem-me desafios. Frases, conceitos, seja o que for. Quero traduzi-los por meio de uma foto e uma música. Passem o blog aos vossos amigos, quanto mais desafios melhor. Peço-vos é que não revelem a minha identidade. Façam pedidos como anónimos caso queiram esconder algum lado vosso. E digo isto pois tenho-me apercebido que muita gente tem receio do seu lado sentimental, vergonha de chorar, vergonha de sentir. Da minha parte já sabem que me estou pouco borrifando para isso. Eu preferia que criassem um cognome que nos ajude a identificar na nossa pequena comunidade(ou pelo menos que eu o consiga). Para estes último prometo uma resposta,tanto quanto possível, direccionada.

Acho que desta forma consigo dar alguma intensidade ao blog e algum propósito. Não prometo respostas rápidas ou priorizadas.Primeiro porque o tempo é escasso e tenho outra vida para além disto. Depois porque quero encarar este desafio de uma forma "séria" e sincera e, por isso, também os desafios baterão naquilo que eu for sentindo.

Entrando já eu próprio no desafio lanço dois exemplos. Admito que vou violar as regras. Ora essa, estou no meu direito. Fui eu que crie o desafio :) Digo que violo porque vou colocar duas fotos, muito recentemente, tiradas por mim e duas músicas que (me) tocam constantemente no meu dia a dia. As frases/conceitos, admito, surgiram depois. Servirão pelo menos de exemplo do que se seguirá. As músicas considero que descrevem perfeitamente. As fotos poderão não traduzir tão bem - há que admitir as minhas limitações :). Poderia ter escolhido fotos mais antigas ou esperar por tirar novas, mas, estou farto do passado e quero uma postura diferente para o futuro.

Os exemplos:

  • Um Amor sem vida ou uma vida sem amor nada traz senão solidão.(uma frase)







  • O Medo (um conceito)






Outono

Passagem da luz para a bruma,
A cada dia menos Sol, menos brilho.
Perceber ilusões, evitar desilusões.

Vento, muito vento.
Medos, desnortes.
Içar a vela e partir.

Nem frio nem calor.
Coração quente mas dormente.
Abafar, Desabafar.

Chuva, muita chuva.
Coração alagado.
Coração lavado.

É Outono.
Época de mudança.
Largar folhas, entregá-las à sarjeta.

Época de sementeiras.
Saber o que plantar,
Lembrar o passado, bem colher no futuro.

2009/10/22

Viver em sociedade

Hoje vou contar uma história, ou melhor, duas. A do ciganito e a do menino rico. São duas histórias contemporâneas, tão falsas quanto possíveis de existir.

O ciganito cresceu na sua comunidade pouco regrada, habituado a ter que fazer pela vida. Foi crescendo sem apoios, sem ser guiado. Sem que lhe ensinassem o que era certo e o que era errado. Deixado à deriva e impedido de estudar porque se achava isso nada lhe traria. Ciente de que os seus pedidos não seriam ouvidos e que os seus desejos nunca passariam da sua cabeça e sempre descartados. As suas vontades reger-se-iam pelas do patriarca Vivia a marginalização de ser diferente de toda a outra sociedade. Um inadaptado porque as suas regras e vivências não eram bem vistas pelos “adaptados”. Queria brincar, estar com os outros, mas os outros não queriam estar com ele. Ele era um inadaptado… um sem regras… alguém a afastar. Foi crescendo e procurando maneiras de fazer dinheiro fácil e, se possível, sem ter que dar parte dele à sociedade que o marginalizava. A revolta foi aumentando. Um revoltado.

O menino rico, filho único, tão só porque os pais não tinham tempo para mais, cresceu num colégio privado, um dos melhores e muito bem reputado. Cresceu sujeito a uma infância rigorosa. Sem tempo para nada. Uma infância roubada através de brincadeiras controladas e definidas por tutores… adultos. Carências afectivas compensadas por bens materiais. Obrigado a estudar para algo que ele não queria ser. Ensinado desde cedo que o mundo era cão, que era necessário ser-se esperto. Não dar abertas. Uma imposição de ser sempre melhor que os outros e a qualquer preço. Competitividade e ambição desmedida eram as palavras de ordem. Obrigado a crescer muito rápido sem decisão sobre o rumo a tomar. Foi-se tornando cada vez mais impiedoso e senhor de si mesmo. Comendo tudo e todos os que lhe aparecessem à frente e sem lugar para amigos, que não fossem de seu interesse.

Em comum? Duas pessoas transformadas pela sociedade, um porque tentou fugir dela e, consequentemente, tornou-se numa vítima desta… outro porque simplesmente acatou todos os “valores” que esta transmite e se tornou no seu expoente máximo. Haverá um meio-termo? Como terá crescido e viverá quem se encontra neste ponto? Como eu? Como classificar-me? Um eterno descontente que se vai acomodando?

Tentemos aprofundar um pouco as histórias. Onde estarão os dois personagens agora?
O cigano é pai de uma série de filhos, trata-os pior do que o pai o tratou, espelha a sua revolta neles e receio pelo expoente de revolta que estes acumulam.
O Homem de negócios tem mais dinheiro do que necessita, vive sozinho pois filhos são uma perca de tempo… talvez pense nisso quando necessitar de assegurar a descendência dos seus bens. Será ele feliz?

Onde estou eu agora?

Com um blog onde tenho a mania que reclamo, onde exteriorizo aquilo que vou sentido e que muitas vezes sou obrigado a engolir, tão simplesmente porque tenho que desempenhar um papel nesta sociedade. Nesta sociedade onde serei comido pelo Homem de negócios e sofrerei a revolta do cigano.

Afinal tudo conflui. Estamos todos na mesma corrente.

2009/10/15

Em fase de reflexão

Tentei escrever alguma coisa mas não consigo. Tenho a cabeça a uma velocidade vertiginosa. As ideias chegam-me tão rápido quanto me fogem. Estou numa fase de inconsistência. Numa fase desconcentrada.

Cansaço.Muito cansaço!

Muita coisa em que pensar. Muita coisa a acontecer. Poderá estar tudo para mudar! Medos! Decisões!

Fase de muita exigência nas várias componentes, sentimental, social, profissional, familiar e pessoal. Muitos pesos aos ombros, uns colocados por mim outros simplesmente vieram cá parar. Muitos motivos de desfoque e é obrigatório focar em todos. Fase de pouco tempo! O que sobra, do tempo, é usado para escutar, observar, digerir!

O caos.

O descontrolo que nunca poderá ser total.

Fase de erros(e lido tão mal com eles...). Fase de procura de soluções. Fase de procura de motivações. Fase de auto-motivação, introspecção e fortalecimento.

Obrigado aos que vão escutando e mais ainda aos que opinam sem receios e que são directos, críticos e sinceros.

Está quase! Um pouco mais de paciência...

2009/09/17

Os dez mandamentos

(Edição revista e adaptada à sociedade actual)

1º Adora-te a ti próprio e ama-te sobre todas as coisas;

2º Invocar sempre o nome de Deus ou outro misticismo qualquer quando não tiveres justificação para dar. Tu nunca estás errado. A opinião dos outros de nada interessa;

3º Não há dias santos para os subalternos, eles têm é que trabalhar;

4º Honrar pai, mãe, filhos, esposa e restante família se sobrar tempo para isso. Primeiro vem o trabalho e o bem da nossa empresa.

5º Não matar. Mandar alguém fazê-lo;

6º Empolga tudo o que fizeste ou inventa que fizeste. É tudo uma questão de "show of";

7º Para quê trabalhar se podes roubar;

8º Não levantar falsos testemunhos. Fazer crer que estes são mesmo reais.

9º Diz o que te apetece e faz o que desejas. De nada interessa se, com isso, humilhes ou espezinhes alguém.

10º Não cobiçar as coisas alheias. Fazer por tê-las.


Estou curioso em relação à versão do próximo século...

2009/09/09

Little man floating...


Two doors...
One is open...
One is closed...
Two ways...
One is easier than the other.
Which one is the right one?
The quest for an answer,
is what gives to life
the True meaning.

2009/09/06

Para este inicio de semana ofereço um sorriso

Efectivamente a vida nem sempre nos sorri.
Mas pensemos...
se tudo fosse sempre de ouro
não seria tudo monótono?
Não nos cansaríamos rapidamente?
Não confundiríamos o bom com aborrecido?
As más fases servem-nos para crescer...
para aprender a valorizar os bons momentos,
para descobrir como retirar um sorriso do sitio mais escondido.
Existe sempre algo a que nos podemos agarrar,
as boas pessoas que nos rodeiam,
a esperança,
a vontade de mudar,
a vontade de lutar,
o simples facto de ainda respirarmos.


Tudo o resto... é matar à nascença e não lhe dedicar tempo.
O tempo é demasiado precioso,
há que o aproveitar.

Hoje, mais que deixar uma música, espero trazer sorrisos a quem visita o blog :)



Boa segunda feira :)

2009/09/05

Não fui ao Avante mas o espirito está aqui no blog

Viva a civilização! Viva o Fausto!



Deixo ainda esta notícia. Este não quero perder.

2009/09/04

Hoje lembrei-me do meu amigo Beck

Um grande tema para um grande filme.



Beijos e abraços

2009/09/01

Tranquilidade... (aquela tipo Paulo Bento)

Hoje estou tranquilo...
Nada fica por explicar... tudo tem lógica e acabemos com os misticismos :)
E como não minto, digo com todas as letras - Fico triste...
Lamento a falta de sinceridade.
Lamento a falta de comunicação.
Lamento que as pessoas não saibam dizer aquilo que lhes vai na alma.
Lamento que não tenham a coragem para dizer aquilo que realmente se passa.
Lamento que não forneçam repostas quando as perguntas são feitas.
Mas algo eu sei... adoro quando tenho razão e, efectivamente, sei observar... interpretar...analisar. Efectivamente, em grande parte, não me engano(duvidas tenho... pois não sou como o nosso PR).
Fico triste porque merecia maior consideração mas, ainda assim, aguardo pela coragem de dizer o que ficou por dizer.
E sim! É um post totalmente direccionado :)
E não! Não estou a reclamar!
E sim! Espero que toda a gente fique a pensar.

2009/08/23

Não foste?

Vais..

Eu teria que por esta... apesar de não ser das que mais gostas ;)





Anda fuma um cigarro ;)

2009/08/18

Não digam que não vos avisei...

Hoje, andava eu às compras, quando me deparo com o seguinte cenário.



Depois de ver isto fico a pensar de onde virá a expressão: "Bimbo! Com muito gosto."

Já sabem cuidado com o pão bimbo...

Andava parvo?!

Já o disse a muita gente e toda a gente fica espantada.
Mas é... andava parvo!
A bem dizer, nem sequer andava de forma alguma...
Recorrendo a termos informáticos, decidi aproveitar estas férias para fazer um "reboot" cerebral.
Traduzindo.
Desliguei literalmente o cérebro durante uma boa quantidade de dias, parei de pensar, desliguei do mundo, sensações, tormentos...de tudo. Limitei-me a a sobreviver (salvo raras excepções pois existe sempre alguém que te força a acordar e a sair desse tal estado letárgico). Algumas destas vezes, confesso, souberam mesmo muito bem! :D
Engraçado como isto, nos humanos, não é tarefa fácil. O processo de despertar ganha contornos complicados pois o cérebro torna-se preguiçoso, acomoda-se e recusa-se a reagir.
A esta hora presumo que estará tudo a pensar - Pronto! Deu a volta! Passou para o lado negro da força! Em suma, está maluco.
Pensem o que quiserem, muito sinceramente, não me interessa.
Digo o que penso. E não, não é convicção... é feitio.
Precisava de o fazer.
Até estas férias(coisa que já não sabia o que era há três anos) andei a viver tudo muito intensamente, forcei-me a isso. Passado, presente e futuro misturavam-se constantemente e sem grande capacidade de os distinguir. Vivi dramas passados - aquelas cordas que vão ficando soltas. Senti ausências, muitas, e bem fortes. Simplesmente não havia planos. Não digo que estes já existam mas é o caminho que quero seguir e alguns já se vão delineando.
Precisava disto...
Veremos se será bem feito.
Este acordar gradual obriga-nos a olhar para o mundo e para nós de uma outra forma. Perceber o que se quer e o que está mal. Ver onde falhámos e onde poderemos falhar. No fundo é um repensar de bases curtas, um pensar calmo, sem grandes euforias ou decisões a quente.
Guardei também para este despertar a abertura da minha caixa negra, isto é, aquele sitio para onde se guardam textos e cartas de uma vida. Vou relendo cartas que troquei, sentimentos que partilhei. Hoje acabei por dar especial atenção aquelas relativas à minha passagem, como estudante, por Aveiro. Verifico que em certos aspectos as sensações não mudaram. Leio alguns textos e verifico que não mudei assim tanto... simplesmente já não me reconhecia.

Sabe bem!

Encontrei também um poema curioso, possivelmente de quando frequentava o meu nono ano, pois a letra ainda é de primária e, convicto de ideias como sou, decidi mudá-la no décimo(lembro-me de demorar duas vezes mais a escrever uma frase... algo sempre bom nos testes... lembro-me de os professores implicarem...). Facto engraçado foi este poema estar rodeado de um conjunto de jogadores do CM (para os mais incultos... championship manager) - James Debbah(Anderlecht), alguém me sabe dizer em que CM é que comprávamos este jogador?


Perdido do mundo
Perdido na vida.
Caído no poço sem fundo
Adormecido num sono profundo.

Quis acordar,
tentei encontrar
E então descobri
O podre que há em mim!

Contra o sono lutei
mas, mais uma vez, fracassei
e de novo, o mal, tão cru e duro...
tomou posse do meu corpo impuro


A adolescência no seu melhor :D

2009/07/30

Fechado para férias

Antes de mais peço desculpa pelo facto de ainda não ter teminado o post anterior mas, a cabeça tem andado feita em água e não tem havido a minima vontade. Fica para depois...

Agora vou de férias...
Beber minis, apanhar sol, fazer castelos de areia, beber minis(já tinha dito?), tirar fotografias e, o mais importante, largar o stress, computadores, pressões e tudo... e tudo.

Estou oficialmente de férias! Adeus. Até uma próxima.

Boas férias para todos.

Deixo duas músicas que me transmitem a sensação de verão e férias. Ambas ligadas à minha estadia Aveirense mas com 10 anos de distância.





Abraços e beijos.

2009/07/17

Fashion e a insustentável estupidez do Ser

Hoje acordei invadido por um espírito “fashion”. Saí da cama, olhei-me no espelho, e disse – “Rapaz! Tu hoje vais às compras e, amanhã, ofuscarás toda a gente com o teu brilho”. Não fui. Fui trabalhar. (a continuar, por dificuldades técnicas fui impedido de continuar este post)

2009/07/14

Ainda há alguém com mania de reclamar?

Ando com ganas de artista,
Ganhar outro olhar
E vontade de criar.
Ando com o espírito do Pacheco
Mau feitio e ativista
Brinco aos escritores
Mas sem tempo para ler.
Sonhos de político,
Mas sem perfil para filho da puta.
Pretensões de empreendedor e inovador,
Mas, no fundo, visto como idiota ou sonhador.
Estou farto,
Contagiado,
Farto da inércia
E farto de lhe resistir.
Farto.
Vou tornar-me um acomodado,
Como todos.
Já não quero guiar,
É mais fácil ser guiado.
Já não quero pensar,
É mais fácil ser levado.

Três vivas aos rebanhos!
Três vivas para a sociedade!

Agir? Para quê?
Se és sempre mal interpretado…
Sincero? Para quê?
És visto como falso ou, no melhor,
Como parvo.
Directo? Ui…
Nem sequer falo…
É como vos digo.
Os cravos já lá vão.
Já ninguém luta,
Já ninguém quer.
Tudo espera,
Tudo existe…
Tudo subsiste…
Mas ninguém vive.

Isto de ser tudo
E, a bem dizer nada,
Acaba por cansar.
Já estou cansado.
Cansado, fico fraco.
Isso...Sei que não sou. Não quero ser…
Prefiro andar apagado.
Mas vocês continuem a esperar….
Que eu, agora,
também fico a aguardar.

2009/07/12

Nem sei... apeteceu-me

2009/07/07

Em Janeiro digo para onde :)

Já estou novamente cansado…
Decidido a ir embora.
Não me digam que me canso rápido
Digam-me que gosto da aventura e da descoberta
Digam-me que, não havendo estabilidade,
O melhor é a aventura.
Digam-me que não haveria descobrimentos
Se todos ficassem em terra.
Não sou nenhum Vasco da Gama
Não pretendo dar ao mundo nada novo
Mas procuro a aventura
E esta é a melhor altura.
Nada tenho que me torne acomodado,
Sinto uma ânsia enorme de novidade
De perturbações, oscilações e sensações.
Sempre que paro muito tempo… morro
E quero estar sempre vivo,
Sorver vivências,
Experimentar desalentos e alegrias.
Agora não me mandem ficar parado…
Ou fingir que ando.
Não me digam para ter calma,
Pois sou o gajo mais calmo que conhecem.
Não me digam para não ser tão impulsivo,
Quando sou simplesmente directo.
Não me digam para dar tempo,
Pois posso dá-lo em qualquer lado
E o que quero é aproveitá-lo, preenchê-lo
E Vivê-lo intensamente.
Não me digam que tenho sorte,
Quando me dão o que não pedi.
Se não pedi ou procurei. É porque não quero,
Ou não estou preparado ou, tão simplesmente, porque agora não dá…
Não me digam para ser controlado,
Deixem-me dizer o que penso e sinto.
Não me peçam para recear o desconhecido,
E para ser ponderado e cauteloso…
Pois já tenho a dose certa.
Não há decisão que tome que não seja medida
Conheço sempre os riscos inerentes.
Nada decido sem objectivos,
Nada decido sem riscos calculados,
Nada decido sem primeiro colocar os pés no chão,
Nada decido sem averiguar consequências.
Acreditem, muitas vontades e sonhos são domados
Face ao que posso perder.
Não duvidem que quando ajo é porque quero algo
Seja uma certeza, uma garantia, uma necessidade
Uma experiência ou uma construção.
Por vezes simplesmente para perceber o que me rodeia
Ou para me perceber a mim próprio.
Receios? Quem os não tem…
Claro que os tenho,
Claro que os tinha…
Claro que os terei…
Mas venha a aventura…
Que dessa não tenho receio.

2009/07/02

Here I am...

Pois bem. Decidi explicar o meu último post. Porquê? Porque quase ninguém o entendeu. Porque um amigo acabou por me sugerir que devia escrever um livro onde colocasse as motivações, duplos sentidos e ideias colocadas no blog. Porque começo a ficar farto de me esconder por trás deste blog e qualquer dia meto a merda do link no msn. Basicamente porque começo a ficar farto de jogos e joguinhos, do empurra para aqui e para lá e, muito sinceramente, hoje estou naqueles dias de mandar toda a gente há merda e berrar bem alto o que penso. Escarrapachar e esfregar na cara de toda a gente uma boa dose de senso humano. Os jogos são tantos que já nem sei em que jogo estou e, para ser directo, refiro-me neste momento aos jogos empresariais. Felizmente tenho alguém que também os consegue ver e me vai dando alguma orientação senão não sei não – "Obrigado aí pah!" :D.

Bem já defequei toda a merda que me afogava o cérebro e posso por isso passar à explicação do último post. Primeiro refiro que o verdadeiro título desse post se encontrava nas iniciais de cada frase e que resulta na enigmática composição – “Não há quem entenda a mulher”. A motivação da escrita dele apetece-me também revelá-la. Porquê? Nem eu sei mas o vento sopra nesse sentido e, agora, habituei-me a seguir o vento. Quem me dera que ao nível profissional também o pudesse fazer… e talvez o torne a fazer… daqui por seis meses. Bem…centremo-nos…

Pois bem o vento aqui é a palavra chave, o vento fez-me ficar na Santa Terrinha ao invés de ir para os Santos em Lisboa e com isso fez com que eu sentisse algo que, face a um desses acasos/imprevistos (ou como lhe queiram chamar) da vida, só esperava sentir daqui a uns bons anos. Falamos de algo que eu gosto de designar por “Baque”. Também não me perguntem porquê mas é daquelas palavras que me soa bem e, não encontro na língua portuguesa, nenhuma palavra para o designar. Pois bem. O “baque” representa aquela sensação que se tem quando se vê alguém e de repente o coração salta. Não é o amor à primeira vista pois amor é uma palavra muito forte. Não é atracção porque ao fim ao acabo isso sente-se diariamente quando se vem alguém atraente. O “baque” é aquela coisa do “é especial”, ou do “tem algo mais”.

Pois bem, andava eu já no conformismo do deixa andar e do "não te preocupes com isso" quando me aparece essa rapariga. Alguém com quem eu já me havia cruzado no passado, que já na altura tinha uma simpatia ternurenta mas que, face a outras circunstâncias e vidas, desta vez ganhou outra profundidade. A tal ponto que me fez dar aquela vontade de me atirar de cabeça (palavra chave para entender outro post recente). E assim foi, avancei, sem medo de cair, denunciando desde o inicio todo o sentimento (nestes aspectos então não consigo nem quero esconder nada). Posso dizer que as coisas até estavam no bom caminho, parecia que havia vontade na evolução, no querer conhecer e dar a conhecer (aquele jogo inicial brutal :D). Bem, de um momento para o outro (arrisco um dia) acabou por haver um hiato, ao qual eu respondi com a total sinceridade de sentimentos aguardando por uma resposta que tardava em vir. Quando chegou trazia a mensagem de que o “Baque” foi unilateral. Aceitei como é óbvio mas tenho pena que não tivesse havido a possibilidade de evoluir no conhecimento e amizade. Talvez ainda haja, talvez venha mais tarde, talvez lhe mande o link para o meu blog. Não sei, foi estranho e tenho pena de não ter tido hipótese de a conhecer melhor pois acho que valia claramente a pena e, coloco já isto, ao nível da amizade.

Mas enfim é tudo tempo e coloco uma vez mais as coisas no soprar do vento do momento.
Perguntam-me se fiquei triste? Em primeiro lugar fiquei contente porque sei que já o consigo sentir. Fiquei triste porque talvez pudesse ter controlado melhor esta minha sinceridade e ter ganho uma amiga. Assim ganhei uma “amiga à distância” mas ainda não percebi bem como é que isto funciona…

Bem, dou por terminada a explicação. Duvido que surjam mais posts deste género. Voltarei a cair no abstracto mas face ao que se tem passado senti que, pelo menos no meu blog, tinha que ser directo. Aqui sou eu! E fez-me bem! No resto ando deslocado sem saber bem para onde me virar, qual o meu papel e qual o jogo.

Não há-de ser nada pois, como me disse uma amiga, há azares que estão mascarados de sorte. Demora algum tempo mas acabamos por percebê-lo.

2009/06/25

Jogo duplo...

Não entendo
As vezes verde mas com rápidas mudanças para vermelho
O melhor é parar sempre…

Hoje faz sol!
Amanhã faz chuva.

Querer entender… perceber… solucionar
Uma equação sem variáveis
Entre sistemas complexos com propriedades…
MUTANTES

Entenda-se.
Não há quem entenda.
Tenta…
E chegarás ao beco.
Nada a fazer
Dá meia volta,
Apanha outro cruzamento

Ai a porra!

Muitas máscaras e facetas,
Um só objectivo…
Ludibriar…
Hoje, mais velho, adulto e maduro
E cada vez com menos percepção…
Resta-me rir e esperar que um dia alguém me explique.

2009/06/22

Imprevistos…

O que é um imprevisto? Bem, basicamente, é um acaso. Algo que surge sem que se esteja à espera, algo que induz uma perturbação numa certeza. Porque falo nisso agora? Porque deparei com ele neste fim de semana mas, ao fim ao cabo, também já havia deparado com um no fim de semana anterior. Isto é tudo deveras volátil… passa-se um mês, uma semana a matutar numa ideia, obtemos a certeza e, de repente, surge um imprevisto e voltamos à estaca zero ou, pelo menos, até meia estaca. Recuso-me a deixar abalar por imprevistos, talvez porque eles me entram na vida a um ritmo alucinante. Umas vezes para cima, outras para baixo. Sim. Porque um imprevisto não tem que ser necessariamente mau. O do fim-de-semana passado acabou por ser bom e acabou por dar-me uma força que há muito não sentia. Teve o estigma de transformar certezas em dúvidas, introduzir variáveis na equação e, consequentemente, obrigar a um repensar. Mais que não seja, só por esse ponto, valeu a pena.
Bem. Atrás desse imprevisto fui, de cabeça admito (engraçado como esta metáfora acaba por ter um duplo significado face a esse mesmo fim de semana…), lutei e continuarei a lutar porque, como já referi, não sou homem de baixar os braços e quando tenho a sorte de ver um caminho percorro-o até onde conseguir. Normalmente até aquele ponto em que não tenha outra saída senão a da inversão de marcha.

Este fim-de-semana deparei-me com outro imprevisto e da noite para o dia contrariei-o e procurei um plano de recurso. Tinha que contrariar a tendência dos domingos. Decidi ir até à praia e ainda consegui tirar umas fotos, para ser mais preciso várias da mesma ideia. Uma ideia que tive e que quis oferecer. Nesta fase acabei por me deparar com mais um imprevisto pois fiquei sem bateria no telemóvel… A experiência de outros tempos indicou-me que a verdadeira máquina fotográfica deve andar sempre no carro e lá fui buscá-la. Atravessei a praia, máquina na mão e com a certeza que todos me olhavam como o voyeur que ia fotografar as “gajas da praia”. Que se lixe a foto e o destino dela valiam o peso dos julgamentos e também já me deixei de importar com o que as pessoas pensam. Quem me conhece sabe o que valho e a quem me quiser conhecer terei todo o prazer em mostrar-lhe. Os restantes de certo passam bem sem mim e eu sem eles.

Não foi um domingo fascinante mas também não foi mau. Foi um domingo passado comigo mesmo mas felizmente também já aprendi a tolerar-me. Em grande parte deve-se ao facto de a má disposição já não me assolar, à certeza de tornar a ser boa companhia para os que me rodeiam, ao conformismo com a instabilidade que acabou por me devolver, entre outras coisas, a esperança, a confiança no deixar fluir e a certeza de que só quando algo te encontra é que o deves procurar.

Deixo-vos uma das fotos da ideia (como vos disse, a ideia, foi oferecida mais acho que não se vai importar que eu a partilhe com todos vós) e uma música para começar em grande a semana.
Uma boa semana para todos vós e o que importa é viver o momento como se não houvesse amanhã. Até uma boa chatice vivida intensamente acaba por nos fazer sorrir numa fase posterior.

Que seja o que for e que não lamentemos o que não foi simplesmente porque nos recusámos a vivê-lo intensamente.



2009/06/18

Certezas...

Por acaso ando bem-disposto.
Por acaso sinto uma vontade enorme de fotografar.
Por acaso não me irrita acordar.
Por acaso começo a gostar dos domingos.
Por acaso encontrei o segundo volume do livro.
Com certeza fui procurar o primeiro.
Com certeza já o encontrei.
Com certeza afirmo que duas partes formam o todo.
Com certeza anseio pelo Domingo.
Com certeza aguardo.
Com certeza estou vivo.
E, com toda a certeza, perco-me no acaso…

2009/06/09

Acaso...

"D'Artagnan calculara o que havia de fazer não indo imediatamente ao Palais-Royal. Dera tempo a que Comminges se lhe antecipasse e por consequência pusesse o cardeal ao corrente dos eminentes serviços que ele, d'Artagnan. e o seu amigo tinham prestado, naquela manhã ao partido da rainha."
Assim começa um livro que procurava talvez desde os meus 14/15 anos. Procurei, procurei e nada. Entrava em alfarrabistas e nenhum o tinha. Nas livrarias obtinha a mesma resposta. Tentei a Bertrand em Coimbra mas nada. A única vez que lhe havia posto a vista em cima foi na casa de um colega meu mas, trantando-se de uma primeira edição, não mo pôde emprestar.
Tinha acabado de ler os três mosqueteiros e o meu pai falou-me do livro que se seguia, deu-me uma luzes acerca deste e aguçou-me o apetite. Infelizmente o que ele lêra havia-se perdido no tempo, esquecido numa mala qualquer.
Acabei por cansar-me e desisti de o procurar também. Nunca mais me havia lembrado dele, até hoje. Não sei porquê mas surgiu-me à cabeça e perguntei por ele. Esperava uma resposta negativa mas foi precisamente o contrário. Dirigimo-nos rapidamente a uma prateleira e ouvi um "Toma, está aqui".
Foi tudo rápido e não senti aquela felicidade imensa de encontrar algo que procurava à muito. Se tivesse sido naqueles dois primeiros anos de busca talvez tivesse gritado de alegria, até porque a idade era outra e a vontade de encontrar também - eu sou mesmo assim, de ideias fixas, e quando crio um fascinio, nem que seja por um livro, não descanso até o encontrar, pode esmorecer mas prevalece.
E foi o que hoje aconteceu e depois pensei sobre isto e foi de facto algo de muito estranho. Havia desistido! Havia esquecido! Mas hoje, a convite, dirige-me lá. Apetecia-me comprar e ler um livro e já lá, de repente, surgiu-me este titulo. Se não tivesse lá ido, se não tivesse perguntado por ele... Foi estranho até porque se o tivesse visto seria diferente mas não foi isso que aconteceu. Perguntei por ele quando já não pensava nele há longos anos. Em 20 segundos emergiu-me à cabeça e outros 20 depois já o tinha na mão.
Enfim... apareceu quando menos esperava.
Ironicamente, trata-se do segundo volume e, logo, terei que aguardar e encontrar o primeiro para que haja um fio. Entretanto... poderei ler outros livros mas, pelo menos, reavivei a vontade de o encontrar.
Ao fim ao cabo, tudo acontece e tudo se encontra, desde que haja paciência e sentido do que se quer.

Termino com um obrigado pelo livro e uma música para todos.



(não me apeteceu limpar o código, amanhã limpo isto de forma a retirar a publicidade e afins)

2009/05/29

3 Palavras convergentes e...

Perfeição,
Entendimeto,
pureza,
Ainda não...

2009/05/25

Hoje estou deprimido!

Desenganem-se aqueles que julgam que é por ser domingo. Desenganem-se aqueles que considerem que são males de amor. Desenganem-se aqueles que acham que poderá ser por razões profissionais, sociais ou outras que tais. Quem me conhece bem decerto foi nestas razões que pensou.

Pois! Desenganem-se. A razão da minha depressão é muito simples, tal e qual a forma como agora encaro a vida. Estou deprimido porque esgotei os episódio do “How I met your mother” (não é um filme pornográfico, apesar de ter que concordar que foi a primeira coisa que me passou pela cabeça quando me disseram o nome). Acho que o melhor termo até acaba por ser desassossego. Como diria o meu grande amigo Ursdens (o do projector no sotão) - “Há quem leia livros, veja filmes, oiça música, etc., para nisso tentar encontrar um sentido para a vida”.A música que ouço selecciono-a com base no estado de espírito.

No que toca a filmes/séries ou livros não faço qualquer selecção ou, quando feita, somente por género. Vejo ou leio normalmente o que me aparece à frente e, para o provar, faço aqui uma revelação chocante – Já li, até ao fim, livros da Danielle Steel simplesmente porque estavam ali à mão! A música consegue ainda ter um efeito mais surpreendente, acaba por funcionar como uma base cronológica. Uma determinada música lembrar-nos-á para sempre de uma fase ou alguém. Mas como não é sobre esta que quero falar, largo este tema para uma outra ocasião.

Onde quero chegar é que em todos existe um ponto comum – a intensidade do sabor que deixam varia consoante o que sentimos quando vemos, ouvimos ou lemos e esta sensação é obviamente condicionada pelo nosso estado de espírito.

Eu simplesmente não consigo ver um filme/série (largo também os livros pela necessidade de afunilar o texto) sem que entre lá para dentro. Viver um personagem, uma situação, uma vontade ou um desejo. Quanto maior for o ponto de convergência, quanto mais me conseguir identificar maior o sabor que fica. Coisas que numa determinada altura passariam despercebidas ganham um peso brutal simplesmente porque parece que o estamos a viver. Parece que o filme foi escrito a pensar na nossa cabeça ou coração. Depois faz-me pensar, surgem as imediatas comparações, tiro conclusões ou aumento dúvidas. Não o levaria ao extremo de encontrar um sentido para a vida mas pelo menos ajuda a encarar esta.

Ora todo este paleio para dizer que o “How I met your mother” surge no momento certo. Deu-me ganas(pareço o Camacho) de viver, deu-me ganas de aproveitar, deu-me confiança para relaxar fez-me ver tudo o que tenho e mais que tudo fez-me ver que é preciso calma. Posso inclusive referir que me incutiu um certo senso místico, comecei a confiar no destino e no deixar as coisas correr. Não consigo explicar - daí o lado místico e não, não se preocupem que não vou ler o “Segredo” - mas sinto que caminho no sentido certo, a passos bem medidos e com olhar atento. Ainda não sei qual o destino final mas sei o que quero para o meu futuro, agora é ler as placas.

Sobre a série simplesmente não falo! Vejam. Mas posso garantir que todos os receios, duvidas, incertezas satisfações e insatisfações que sentem estão perfeitamente lá retratados de uma forma satírica (recorrendo ao exagero cómico) mas com aquele fundo de alguém que queria transmitir algo. Ou então, foi simplesmente a minha maneira de ver as coisas… face ao meu estado de espírito… Não sei... Arrisquem. Têm quatro “seasons”, de 24 episódios cada, para ver… eu já as esgotei.

2009/05/14

28(18+10)

Avizinha-se um texto complexo que, para mim, é complicado escrever, extremamente dificil de manter, impossível de persistir num fio e numa coerência de discurso. Uma série de ideias iniciadas, muitas delas descartadas e outras que com certeza serão reaproveitadas. Umas com essência, outras nem por isso. Muitos desabafos, muitas incertezas, muitas questões e milhares de certezas acompanhadas de receios.
Esta é uma fase de redefinição, a fase que une os 25-28. Não sei se durará mais tempo pois a experiência dos 28 ainda é curta mas, face à reflexão que lhe tenho dedicado e às conversas que tenho tido com quem também gosta de reflectir, posso indicar que é normal e que será superada – uma espécie de segunda adolescência - em que cada ser individual acaba por lidar com ela de maneira distinta (felizmente não somos todos iguais). Em que a forma como a ultrapassamos e encaramos, tem repercussões no percurso que se avizinha. Uma fase transitória em que vivemos num limbo entre o “eternamente jovem” e o “estou a ficar velho”. Uma fase em que misturamos num copo o passado, o presente e o futuro acabando por perder a noção do que estamos a beber.
É engraçado como achamos que os 18 (o topo do pós 1ª adolescência) marcam o início da independência. Larga-se o ninho, parte-se para outras paragens mas, na realidade, continuamos dependentes. Mais que isso, continuamos inconscientes. Não compreendemos o que na realidade é a vida, o que na realidade são traições, jogos, más influências ou o peso de más decisões. Simplesmente continuamos a ser amparados, continuamos dentro de uma redoma que nos segura os sonhos, as ilusões e as convicções. Somos felizes com o que temos e fazemos planos para quando tivermos aquilo que julgamos que é importante e que ainda não temos. É uma maravilha! Farei isto, serei aquilo… um mundo cheio de novas oportunidades.
Nessa altura o tempo passa devagar, com tempo para tudo. As hipocrisias praticamente não existem pois o dinheiro é pouco, posições, pressões, obrigações ou disputas não existem. Achamos que somos reis do mundo, que temos força para mudar mentalidades e que realmente iremos construir algo. Olhamos e vemos as boas amizades que conservámos desde os 18 e as boas amizades que fizemos a seguir. São tantas que acabamos por ganhar a convicção de que nada se vai perder porque temos o direito à escolha e estaremos sempre todos juntos.
Depois entramos nesta fase, os sonhos rompem-se, questionamos tudo e todos. Questionamo-nos a nós próprios. Saltamos entre o eufórico e o disfórico. Receamos tudo o que esteja relacionado com o futuro. Custa-nos encarar a solidão. Não estamos habituados a ela. Tivemos sempre tanta gente boa à nossa volta. Chegamos a duvidar da expressão popular “mais vale só que mal acompanhado” e temos vontade de arriscar unicamente por medo. Para ajudar na festa, venha a crise, traga com ela a insatisfação geral e a insegurança. Atire com a nossa confiança, que já não estava alta, para um plano raso. Comentemos entre nós que anda tudo doido mas sem que antes nos vejamos ao espelho. Olhamos pelo ombro e damos por nós a pensar “quem me dera estar assim ou ser assim”. Surgem as questões. O que fizemos? O que gostávamos de ter feito? O que faremos? Para onde queremos ir? O que queremos fazer? Teremos escolhido bem? Teremos agido bem? Queremos a estabilidade. Onde é que ela está? O que é a estabilidade?
E Hoje? A caminhar. Descobri que existe a esperança. Descobri que é preciso calma. Descobri que é errado seguir direcções, pior ainda evitar cruzamentos e ganhei a convicção de que os desvios me irão conduzir ao sítio certo. Não preciso de me precipitar, cairia no erro que outros caíram. É necessário deixar fluir. Deixar o tempo correr e na altura certa agir. Começo a ganhar percepção daquilo que quero mas por enquanto evito. O tempo é de aguardar, esperar por sinais, por sensações e então aí agir. Não desejar mais do que aquilo que vier ter comigo. Não procurar, muito menos forçar.Claro que continuo com receios, muitos dos quais impedem certezas, há que os resolver. Descobri coisas sobre mim. Viajei pelo passado, revisitando sensações e situações. Por mais que por vezes custe olhar para ele, este nunca deve ser enterrado. Nele se encerram resoluções que nunca foram encontradas e explicações para o que sentimos agora. Numa próxima viagem, espero que quem se encontra nela tenha gostado de a fazer, relerei textos dos meus 18/19 anos. Desde já prometo colocar aqui um deles - o mais revoltado deles todos.

Se chamaram à primeira adolescência a idade da rebeldia, perdoem-me a displicência, de apelidar esta segunda de "a idade do susto".

Para terminar gostaria de dizer que esta é a minha opinião. Como referi anteriormente, cada qual tem a sua maneira de lidar com ela, de a analisar e ultrapassar. Esta é a opinião de um sonhador. Quis partilhá-la convosco e gostava de deixar o repto para que cada um de vocês deixasse também a opinião sob a forma de comentário.

2009/04/27

Surpresas

Há boas e más!
Ambas, ainda que por diferentes vias, acabam por nos fortalecer.
Gosto de ser surpreendido, gosto de ser apanhado desprevenido.
Conseguias...
Conseguiste!
Obrigado.
Nunca saberemos a minha reacção no momento,
não pudeste ver o que senti.
Ficará a dúvida.
Mas uma coisa é certa,
acertavas.
Como sempre acertaste.
Obrigado.

2009/04/19

Gerações... em três imagens

A minha....


A dos que aí andam...


A dos que vêm...


Esta vem de bónus... encontrei enquanto procurava pela "coitadinha" da floribela e, como é óbvio, tinha que publicar.

2009/04/15

Saí de casa para beber uma mini e chego a casa depois das 5...

Que hei-de dizer? A vida é feita de acasos e ocasos. Coisas que chegam, coisas que desaparecem. Coisas que se programam, coisas que faltam ao programado. Enfim... coisas que acontecem. Cada vez mais sou aquele personagem... aquela da série - How I met your mother.

Uma série que joga,de forma humorística, com a crise dos trinta, as suas dúvidas, as suas mudanças, sensações... histórias e estórias.

Gostei da forma como aborda o tempo, as pressas, o espontâneo e aquele semi-amadurecimento(aquela sensação de estar preso entre dois mundos.
Já ando para aqui a divagar e ainda só vi 5 episódios... mas atenção,foram seguidos!

Efectivamente ainda sou novo, tenho muito boas histórias para contar, outras tantas que me aparecem(talvez ainda mais... a tal máquina de atrair filmes). Não me arrependo do passado.Venha de lá o futuro que daqui por 20 anos terei ainda mais histórias para contar. E... daqui por um ano... veremos onde e como estamos. Todos. Vocês e eu.

Para o fim de semana programo:
- Concerto em Mira
- "lord of the flies" - um filme que já vi faz bastante tempo, com menos sapiência e muita inocência. Estou curioso para o que possa transmitir agora.

Até uma proxima comunicação... está em fase de preparação...

2009/04/10

2009/04/03

O Professor Queiroz e o P.Bento ficam para outra altura...

Pois... hoje a barra presenteou-me com mais um bom momento fotográfico... acho que vou começar a ir correr com a pentax às costas.
Hoje não acompanho com poema pois acho que, por si só, a imagem já é bem poderosa.



Apontamentos retirados:
1 - Acho que recuperei o meu "olhar" fotográfico. Há uns meses atrás teria passado e nem me teria apercebido.
2 - O prazer de fotografar também já o recuperei quando à 15 dias atrás fui fotografar as cerejeiras em flor (projecto que já tinha anos e que finalmente consegui realizar). Próxima reportagem... procissão da sexta feira Santa no Fundão(acho que é a dos Passos) - outro projecto com anos.
3 - Efectivamente... um telemóvel com máquina fotográfica dá jeito (se der para fazer chamadas melhor ainda).
4 - O romantismo persegue-me...
5 - Continuo a ter vontade de beber minis!!!
6 - Correr na praia cansa como o caraças (ou então eu estava mais podre do que imaginava...)
7 - As pessoas continuam a não ter o mínimo respeito pela Terra. Para além de flores(de plástico) também se encontra muita outra porcaria na praia...
8 - Afinal até gosto da praia, quando se consegue andar sem que, a cada passo, se pise a toalha de outrem.
9 - Por último... a água da barra não é assim tão fria mas, quando se está a tirar fotografias junto ao mar, convém estar atento à maré... e, efectivamente, toda a gente se ri da desgraça alheia...

2009/03/30

Com vista pr'amar...

Um sonho, um suspiro e aquele calor
Um sorriso, parceiro de um carinho, sem pudor
Sinto-os, quero-os e agradeço-os
Cedo-os, ofereço-os… abdico….
Inspirar amor, expirar dor
Procurar sem saber onde encontrar,
Ser encontrado sem fornecer mapa.
Perder-me e, sem perceber, reencontrar-me.
Dar-te tudo sem poder dar nada.
Pedir-te tudo e ficar contente com pouco.
Roubar-te o coração,
para de seguida devolver, recheado.
Falar-te ao ouvido,
Contar-te o proibido e secreto,
Ouvir o óbvio e concreto,
A base, a fundação...a criação
A alma presa ao corpo,
Simbiose pura
Coesão e unidade…
Tudo simples, fácil... natural
Eis o que tenho…
E que te ofereço,
A ti,
Ilustre desconhecida,
Merecedora de tudo,
E do nada que sou eu.


Pois, voltou o meu lado romântico. Hoje a bipolaridade pendeu para este lado.
Hoje fui poluir a praia da barra, que é como quem diz fui dar uma corrida e deixei lá metade dos pulmões e respectivo alcatrão que os cobre... não brinco... foi duro! Entretanto já de rastos deixei-me ficar a observar o pôr do sol, que vos passo de seguida, e a sorver todo o romantismo e espectacularidade que transmitia.
Para os leitores que possuem dotes de realizador, aviso desde já que o poema(se é que lhe podemos chamar assim) não tem, por agora, destinatária. É um reflexo, ao estilo "Message in a Bottle"... sim aquele com o Kevin Costner... e sim, ultimamente tenho-me lembrado de cada merda de filme...
E assim surge a minha "Message in a Blog" pelo mar da Internet (irra...belo momento poético este).
Acho que vou adicionar a seguinte descrição ao meu blog - "Um blog reivindicativo mas com espaço para o amor" - é que nem a igreja Universal do Reino de Deus conseguiria um slogan melhor que este. :D
Desculpem a qualidade das fotografias mas foi o possível com o telemóvel.


Ver para além dos espinhos


Bifurcações... Cruzamentos...

P.S: Para a próxima prometo que acabo com a lamechice e falo de futebol!

2009/03/26

Espirito patriótico

Esta é uma posta ligeiramente diferente. Com uma vertente menos filosófica, sociológica,parva, absurda (enfim a palavra que melhor encontrarem para definir as minha habituais postas).

Gostava de apelar ao vosso espírito patriótico(que é como quem diz Fundanense) e pedir-vos que votassem numa banda do Fundão - Silent FX - para que pudessem ter hipótese de ganhar o Super Bock Super Rock Preload 2009(concurso de novos talentos).

Sobre eles, posso dizer que fui hoje vê-los aqui em Aveiro, também num concurso de bandas(COMA) e a música, apesar de não estar nos meus géneros preferidos, é de qualidade. Para além disso é tudo malta simpática, bem disposta e porreira.

Para votar bastam dois/três passos:
1)Registarem-se no site super bock seguindo este link
2)Aguardam pelo mail de confirmação e depois de a efectuarem sigam este link
3)Em lista de bandas procurem "Silent FX", ouvem a musica de demo e siga para o voto.

Gostaria ainda de acrescentar que hoje foi-me comunicado que se encontravam e segundo lugar logo... mais um motivo para votarem.

Saudações Fundanenses

P.S:Aproveito ainda para divulgar uma noticia em primeira mão. Existe um monstro na barragem da Capinha. Suspeita-se que seja do período Jurássico. Quem teve o privilégio de o avistar diz que ele é tímido, só aparece de noite, depois de bebidas três\quatro grades de minis (existem teorias que indicam que é o odor da cerveja que o faz sair).
Para quem o viu, quando confrontados com a comparação com o monstro de Lock Ness, a reposta é unânime - "Ui...Esse é para meninos".

2009/03/23

Ai ... ai... ai... quem escorrega também cai

Custa-me entender a falta de sinceridade de todo este mundo e mais ainda, a incapacidade que mostra para lidar com quem é sincero e directo… parece que ficam assustados surpreendidos… como diria um colega meu, o mundo não está ainda preparado para lidar com gente assim. Está de tal forma preso a máscaras e interesses próprios que a validade e veracidade passam facilmente para segundo plano.

Dói-me perceber que ainda não consigo descortinar todas as máscaras, custa-me perceber que fui e serei enganado… Irritam-me estes teatros da vida… gente que transmite mal disfarçado de bem, que fazem uso da arrogância para disfarçar cobardia e fraquezas… enfim, gente que não me interessa.

Eu gosto de boa gente, gente simples, gente sincera que sabe e não receia falar. Gente que sabe pensar, que sabe criticar, aceitar criticas… debater. Gente que não pede, que sabe receber e que sabe dar. Gente que luta, que não se acomoda, não se deixa influenciar e que respeita e luta pela amizade.

Farto de tolos armados em cucos. Gente que se acha importante, com capacidade para viver sozinha, que acha que os amigos são descartáveis porque estes chovem… Tão enganados! Boa gente escasseia, boa gente é difícil de conservar. Porque são exigentes. Porque não se contentam com “olás” e meia dúzia de palavras quando precisamos deles.

Gente que se faz passar por boa gente é aos milhares. Alguma desta possui uma capacidade camaleónica bem evoluída demorando, por vezes anos, a abrir a carapaça e a revelar as entranhas apodrecidas pelo bolor da inveja e da falsidade… mas como tudo… nada dura para sempre. E para esta gente nem metade, porque não dá nada e prefiro dar tudo a quem me dá metade.

Farto da aparência, de quem se rege e baseia nas aparências. Quando elas caiem, cai tudo. Sejamos sinceros uns com os outros, sem receios, vergonhas ou jogos. Eu pelo menos, não darei mais espaço a quem assim não seja. Estou farto, desgastado e cansado de lutar, farto que julguem que tudo funciona por marés e apetites.

Quero rir-me e ser parvo com quem ri naturalmente da minha parvoíce e não porque tem outro interesse. Quero chorar para quem não se aproveite da minha fraqueza. Quero desabafar com quem sabe ouvir-me, compreender-me, repreender-me e direccionar-me. Ou seja, só vou estar com quem sabe e acredita no meu verdadeiro valor e não pelo meu lindo carro, máscara, status, nome ou posição. Fica também a promessa de que, aconteça que acontecer (até mesmo um euromilhões :D), não vou esquecer de onde venho, os valores adquiridos e de quem me ajudou e ajuda - se o fizer simplesmente mandem-me com este texto à cara (se possível envolvido num paralelo).

Abraço e beijos e, para terminar, deixo uma música que alguém me deixou e cujo efeito foi bem superior ao que ela possa algum dia imaginar.

2009/03/16

O mundo é dos ricos e arrogantes?

Hoje uma música com conteúdo... forte e cheia de significado.
A ver vamos quantas pessoas a conseguem compreender, quantas têm valores para a conseguirem realmente sentir.
Amanhã, texto, que se espera com conteúdo.



Acho que a original não é do Jeff Buckley, mas foi através dele que a conheci.
A titulo de curiosidade foi a música que passou no funeral dele (também não sei se mito ou não). Morreu com trinta anos, afogado.

2009/03/09

Dia da mulher

Elas festejam o dia delas,jantam fora, enchem discotecas e fazem a festa.
Nós pensamos... Será que algum dia as vamos conseguir compreender?

Apelando ao meu lado romântico(ainda não sei se o esquerdo ou direito), dedico-lhes esta música, com o sentimento de que não há melhor sensação do que fazer uma mulher sorrir e conseguir roubar-lhes um olhar apaixonado.

Pena é que hoje o mundo, mais do que de valores, é de modas... e hoje em dia a moda não está para os românticos...

É até ao dia.



Já agora a versão original era dos Bee Gees.

2009/03/03

Ontem perguntei ao tempo... quanto tempo o tempo tem...

Parece que nada foi escrito ou foi dito mas, a bem dizer, este é o terceiro texto que escrevo. Os outros, simplesmente não me apeteceu publicar. Ficam para mim. Não interessam os motivos mas, como pista, indico-vos que vivo mentalmente, psicologicamente e fisicamente a tal velocidade que o que hoje é recente, amanhã está desactualizado. Posso mesmo dizer que o tempo começa a irritar-me mas, acho que começo a perceber o motivo… não o consigo controlar. Umas vezes passa demasiado rápido, noutras parece não querer passar. Pensando nisto cheguei à conclusão que é tudo uma questão de longevidade de pensamento…

Quando se tenta pensar a longo prazo, procurar resoluções, caminhos para a estabilidade, prever o futuro, decidir qual e para quando o meu novo destino... o tempo simplesmente parece não passar… Ainda à bem pouco tempo pensava no para onde vou, onde me sentirei bem, onde alcançarei a estabilidade(física, psicológica e sentimental), quando me sentirei realizado (enganam-se os que acreditam no plenamente), doutoramento, empresa, estrangeiro ou, simplesmente, permanecer… Escolhi bem? Terá sido a vinda para Aveiro a melhor opção? A bem dizer… que se lixem todos estes pensamentos! Fazem mal! Consomem-te na solidão!

Agora tenho adoptado uma postura diferente… deixar correr o tempo, pensar no imediatamente, viver o dia sem pensar muito no amanhã. Acordar, desperdiçar as oito horas de trabalho, outras duas de refeições e partir... fazer o que o instinto manda (de forma ponderada… está claro). Deixar de programar fins-de-semana (salvo raras excepções).

Cheguei à conclusão que estou perto de tudo… O dinheiro… está claro… é um impedimento… há que o controlar… que o gerir…que o esticar e ajustar - tirar daqui meter ali, poupar aqui para gastar ali. O gasóleo agora até está barato por isso toca a aproveitar e passear. Viajar em auto-estradas? Num fim-de-semana? Quem corre atrás de mim? Tenho música… paisagem…tempo para pensar. Como é possível!? Há dois fins-de-semana atrás apercebi-me que nunca tinha visto o mosteiro da Batalha. A vergonha de quem só andava na A1! E os camiões… os passeantes de Domingo? Fazem bem… induzem-te a adrenalina da ultrapassagem e fazem-te mudar de música para a acompanhar.

Que porra! Sou novo, tenho força, vontade, bons valores, muito bons amigos e amigas. Burro, infelizmente também não sou, senão seria fácil…ia para político (se um dia cair nestes meandros vai haver muita gente a gozar-me por causa destes texto). Sinto-me apoiado, aconselhado e incentivado e de onde isso chega retribuo da mesma forma. Recupero a confiança, ganho espírito revolucionário e, principalmente, evolucionário. Não me vou acomodar, vou avançado, mas com calma, analisando, apreendendo e interpretando o que está à minha volta. Basicamente vou caminhando sem pensar no Parkinson e Alzheimer. Nesta vida nada é decisivo. É tudo efémero e volátil, uma maré que ora leva ora traz.

Nem mesmo as minhas próprias decisões têm carácter definitivo (talvez porque errar é humano e sim, tenho sempre dúvidas). Hoje encaro todas as decisões que tomo como transitórias, todos os estados como transitórios e as fases como passageiras.

Reclamar da vida? Não. A vida é assim, quando menos se espera, sorri-nos. Quando menos se quer… fode-nos. O que é preciso? Deixá-la correr, interpretá-la e antecipá-la. Enganam-se aqueles que julgam que para a antecipar é necessário programar a longo prazo (claro que com excepção para a componente financeira… rais parta… está sempre lá). Antecipar a vida é viver e lê-la a curto prazo, porque é tudo volátil e uma semana, dependendo das fases, poderá corresponder a um mês… ou vice-versa. Este é o paradigma do tempo e a única forma de o combater é deixar passar. A ânsia de querer resolver tudo…fazer tudo…encontrar tudo só acaba por trazer a desilusão. Isto porque se anda num estado de constante espera…expectativa. Que lixe – digo mais uma vez. É bom que se tenha programas e objectivos mas não se pode pensar neles. Devemos estar preparados para agir de acordo com estes no momento em que aquele misto de instinto com racionalidade e bom-senso disparam e nos comunicam… chegou o momento.

Com base no que disse, revejo a minha vinda para Aveiro. Sempre tive aquele desejo de voltar. Sempre considerei uma boa cidade para trabalhar. Se calhar nunca viria para cá… se não tivesse havido aquele disparo, aquele tiro e aquele desnorte. Aqui entrou o bom-senso – “Se Lisboa já era grande e impessoal… então agora tornar-se-á enorme para ti. Se não gostas do que estás a fazer…”. Entrou a racionalidade – “Podes escolher para onde ir. Não estás limitado a Lisboa e mais tarde, se quiseres, voltar é fácil”. Entrou o instinto – “foi onde aprendeste a viver sozinho, sem família ou amigos de infância, onde tiveste que interpretar pessoas, desiludires-te com pessoas, seleccionar entre o amigo e o conhecido. Onde te (re)construíste como ser individual”.

Definitivamente uma boa opção, uma segunda passagem que mais uma vez eu vejo como ponte para outros voos. Curioso o significado que Aveiro poderá começar a ter para mim. Uma ponte entre Fundão e Coimbra… uma ponte entre Lisboa e… quem sabe.

P.S: Dada a hora tardia não houve pachorra para rever o texto. Qualquer gralha, façam favor de comunicar. Os leitores agradecem! Atentamente,
A administração deste blog.

P.S.2(pós-leitura e correcção):Ao reler este texto aprendi algo... afinal o tempo importa na altura de ler algo que se escreveu a pensamento solto...

2009/02/15

Nómada

Não me entendo,
Confundo sensações…
Sentimentos…vontades
Uma mescla com fronteiras indissociáveis
Sem saber o que querer…
Poder ou ter coragem de fazer.
Dificuldades em interpretar…
Ter receio de arriscar…
Nómada no amor,
Já fui platónico,
Já fui romântico,
Passei pelo realista com uma dose de egoísta
Saltei para o familiar… o nuclear.
Hoje? Quero? Sou?
Idiota!
Por continuar a acreditar no amor,
Por começar a desistir dele,
Por não saber se voltarei a amar…
Porque será só sexo.
Só físico, um reflexo.
Mas e se me envolvo…
E se o outro lado o vê como sexo…
Voltar a cair?
Mundo complexo… estranho…
Amor de uma vida? Aquela pessoa? Isso existe?
E quem é ela? Destino?
Voltarei a sentir?
Já o terei sentido?
Tê-lo-ei percebido?
Muito complexo…
Pensar em tudo…não pensar em nada

O amor não se diz, não se comunica
Sente-se… transmite-se
Quando?
Não há controlo, não há mapa
Basta acreditar,
Gostar de arriscar.
Percorrer trilhos escuros sem laterna,
Apagar luzes na claridade,
Procurar o norte Sem bússola,
E quando sentir que ganhei espaço,
Espaço para amizade,
Para a dor,
Para o rir,
Para o chorar,
Para suspirar,
Para ofegar,
Para tudo… e para nada….
Talvez o tenha encontrado… me tenha encontrado
Oferecido parte de mim…
Venha o suspiro,
a intolerância à solidão,
a necessidade da partilha,
O prazer da oferta…
A cedência do meu tempo…
O prazer de não o ter.
Pois quem ama não é dono do tempo,
Partilha-o, oferece-o, recebe-o…

Quero compreendê-lo…
Mas ele não se compreende… sente-se
Pensar sobre ele é caminhar para o engano
Não é racional, é natural
Não sabes porque comes
Sabes que tens fome
Pensar sobre ele gera entropia… confusão… desilusão
Simplesmente deixar fluir, aproveitar, gostar de ter…
Rir ao recordar,
Sorrir ao programar
Não perceber porque se faz
Adorar a sensação que traz
Quando se perde…
Perde-se o passado e o futuro
Procura-se um novo presente,
É obrigatório construir algo novo.
No amor não há meio-termo
Só termo certo…


Há confusão? Muita!
Há vontade? Pouca!
Que se lixe o amor…
Venha só o sexo,
É que na realidade
hoje as coisas funcionam assim
pouco poéticas,curtas e directas
Lutar por uma relação?
Não! Dá trabalho... consome-nos...
mais vale o ocasional...
ambos aliviam o stress,
e parte-se...
Não há prisões...
há o momento?!
e mais tarde?
Virá a solidão...
que se lixe... pensemos no presente.
e vivamos na "sociedade".
É só questão de me adaptar…
fazer as malas novamente...
Ao fim ao cabo… sou nómada!


Feliz fim de semana se São "Valentino"(Boss,Armani...como ontem alguém dizia,acaba por não passar de uma moda consumista) para todos vós.
Sei de alguns para os quais o dia teve um significado especial. :D
Grande abraço para todos, eu, daqui,já sabem que faço sempre força, até porque já se comia uma camarãozito e tirava o pó às gravatas. Vá... andem mas é lá com isso :D

2009/01/30

Um texto verdadeiramente deprimente...

Eu sei que vozes de burro não chegam ao céu mas, ainda assim, decido arriscar…

Caro São Pedro,

padroeiro de tanta vila deste nosso Portugal. Tu que forneces a desculpa para inúmeras festarolas, quermesses e copofonias… Ora porra! Já podias parar com esta chuva! Se isto continua assim, vai ser tal a depressão deste povo, que nem às festarolas chegamos. Depois quero ver como se reparam os telhados de igreja por esse Portugal inteiro. Sim, porque tu, com tamanha carga de água, és o principal responsável por telhados deteriorados… quem sabe quantos confessionários ganharam caruncho? Quantos padres foram internados graças a uma perna e, quiçá, bacia partidas? Sim! Queria ver-te entregar a comunhão com uma batina que mal te deixa ver o chão, e deparares-te com um piso liso e molhado (têm sido verdadeiros hinos à patinagem artística). Resumindo. Temos padres internados, beatas insatisfeitas, um povo carregado de pecados que não pode excomungar e uma valente depressão que mata o povo antes das festas populares… e sem festas… não há dinheiro para a igreja. Sem igreja, padres e confessionário não há quem vá parar ao céu. Sem gente para ir para o céu não vale a pena ter portas. Sem portas lamento comunicar-te que estás desempregado, que é como quem diz, bem-vindo a Portugal. Por isso vê lá se atinas e dás um tempito (temporal e meteorológico) a este Portugal. Não basta já, andarem para aí esses ingleses, a enxovalhar o nosso primeiro ministro? Sim porque qualquer um é inocente até prova do contrário. Aliás, eu também acredito na inocência do Carlos Cruz e desde já apresento provas fundamentadas. Se é facto incontestável que o olho de trás não vê, como raio conseguiram os cus “casa-pianos” identificar o senhor? Pois é… Isto é tudo uma conspiração do Jorge Gabriel e do Malato para roubarem o estatuto de melhor apresentador de programas de entretenimento ao “Sôr” Carlos Cruz. Eu já cá ando há muito tempo… a mim não me enganam… Ora essa… algum dia o Sócrates ia favorecer o tio? Só se ganhasse alguma coisa com isso… e ele é uma pessoa tão honesta, com uma moradia no centro de Lisboa tão modesta… Trabalho árduo meus amigos, trabalho árduo… querem boas vidas? Trabalhem! É o que os não corruptos deste país fazem e assim conseguem passar incólumes à crise. A prova de tudo isto, da inocência destes pobres homens, é que no tribunal, aquele local onde a justiça é cega e igual para ricos e pobres, vai acabar por absolver ambos. Deixem mas é de andar por aí a enxovalhar o bom nome das pessoas, deixem mas é de ser corruptos e comecem a trabalhar e a produzir. Assim, um dia, talvez cheguem a ter uma boa vida. E esta boca também serve para ti ò São Pedro, não penses que te livras… eu não me esqueci. Posso ter divagado um pouco mas ainda me lembro da verdadeira motivação deste texto! Vê mas é se começas a trabalhar, tira o rabinho do sofá, deixa lá as novelas da TVI e desliga a porcaria da torneira. Eu já te tracei o cenário apocalíptico. Depois não venhas para cá fazer o choradinho que não tens emprego e a pedir subsídios e assistência social… E olha que com a idade que já tens não vai ser fácil arranjar emprego. Reforma? Bem podes esquecer… vais mas é para o Lidl trabalhar a recibos verdes que te lixas.

Vá, deixa-te lá de birras e chama lá o Sol.

Saudações terrenas, ou do Inferno (visto que vivo em Portugal…)

2009/01/26

Um dia abro um bar na Jamaica e passo o dia a servir turistas

Eis que escrevo a minha primeira “posta de pescada” por terras Aveirenses. Fazendo jus aos principais atractivos gastronómicos desta cidade, desconfio que vai ser um texto mole mas sem grande ovo, isto é, sem grande substância. Poderia falar sobre a experiência, sobre o trabalho ou sobre a tão apregoada solidão que sentia por Lisboa e que se arrasta até aqui, ainda que muito mais tolerável por estas bandas. Digo isto porque, em Lisboa, era uma solidão podre. As pessoas estavam lá mas simplesmente era extremamente complicado estar com elas sempre que quisesse (aos dias de semana claro), existiam mil e um argumentos e razões que o impediam. No entanto, o mais engraçado no meio de toda a minha relação com Lisboa, foi o facto de que no último fim-de-semana que por lá me passeie, ao vir-me embora, senti uma pontada nostálgica, daquelas que não sabemos o porquê ou de onde vêem.

Posteriormente, ao pensar nisto, lembrei-me que também já me era complicado tolerar Coimbra quando por lá andava(já como membro da classe laboral), isto porque a Coimbra que eu conheci - a Coimbra dos estudantes, das histórias, dos amigos e das cantilenas desafinadas e, por vezes, gregorianas já havia partido. Adicionando ainda mais variáveis ao problema e, recuando temporalmente um pouco mais, lembrei-me de conversas que havia tido com colegas em como já estávamos fartos de estar imbuídos nessa Coimbra boémia e que já havia passado o nosso tempo. Recuando ainda mais… poderia falar do quanto já me irritava o Fundão…

Tudo isto não passa do inconformismo inato do ser humano ou pelo menos daqueles que gostam de questionar a vida, os sentimentos, o mundo, as circunstâncias, as regras, as imposições ou, definindo numa única palavra, a sociedade, criada por meia dúzia de mentes auto-proclamadas capacitadas, e na qual somos obrigados a viver e sobreviver. Os mais políticos dirão- "então mas somos nós que os escolhemos" - ao que respondo - "mas fui eu que decidi que este ano iria escolher entre o Eng. Sócrates e a Dra.Manuela Ferreira Leite para liderar este pais? Sou eu que escolho os seus assessores e ministros? Sou eu que voto no presidente da U.E., fui eu que votei no idiota(porque tem muitas ideias claro, longe de mim ofendê-lo) do Bush?"

Eu sei que o conceito de comunidade é utópico mas que seria lindo… seria.

Somos obrigados a viver e a assimilar certos (bons)costumes e (bons)valores mas isso não significa que nos devemos acomodar. Devemos aceitar, filtrar o que de bom nos apresenta e não achar que tudo vai mal. Quando o inverso acontece criamos uma aversão que nos cega e nos impede de ver o bom - a felicidade momentânea. Felicidade eterna, essa só existe nos filmes, em especial naqueles defensores do “American way of Life” (filmes de ressaca domingueira foi um termo que alguém bem empregou). Impede-nos de sentir bem num determinado espaço, num determinado local ou com determinadas pessoas, impede-nos de assimilar as sensações, força-nos a abandonar, a mal dizer, a reclamar… E quando finalmente nos vemos livres, sentimos o peso da nostalgia porque afinal não era tão mau assim.

Não quero, com toda esta diarreia mental, passar a ideia de que devemos aceitar o que a vida nos oferece e tentar a todo o custo absorver as boas sensações quando estamos rodeados de trampa. Quero sim, passar a ideia, de que não devemos nunca desistir de tentar mudar, de procurar outras realidades mas, enquanto tal não acontece, devemos encarar cada dia como tendo 24 horas e que após uma noite de sono teremos um novo. Poderá ser melhor ou poderá ser pior… resta saber lidar com isso. Ontem estava no topo, hoje rastejo até segunda-feira…

Dou-me por feliz por a vida me ter dado um conjunto de amizades que pensam e tentam ler a vida e que me ajudam a movimentar por todo este nevoeiro, nem que para isso, por vezes tenham que me fazer cair em certos buracos e dar-nos a percepção que ele já lá estava há espera que caíssemos. Ir prevenido e com alguém para ajudar torna as coisas bem mais fáceis. Claro que também e bom lembrar que estamos todos no mesmo barco, todos no mesmo nevoeiro e que, por vezes, temos que ser nós a orientar.

Conhecidos e companhia para o café há muita, verdadeiros Amigos há poucos. Sabe bem estar com eles, sabe mal o pouco tempo que estamos com eles. Mas temo-los e só isso já basta para encarar esta “sociedade” que de social… pouco tem.

Para terminar reforço a ideia,

“Always look at the bright side of life” (ele está sempre lá, basta querer ver).

Para terminar deixo uma prenda a alguém, um “souvenir “:D

2009/01/02

De braços abertos para 2009

Ano novo vida nova. O ano já por aí está, a vida terá que começar. Ano curioso o que passou. Não sei se terá a ver com a crise, não sei, mas alguém, devidamente capacitado, deveria reflectir sobre este. Nunca vi tanta gente com dúvidas, com crises como este ano… eu próprio vivi (ou vivo…) uma. Uma decisão acarreta com um determinado caminho, penso em decisões que tomei e outras que não tive coragem de tomar… muitas delas conduziram-me a caminhos errados. Hoje sei, na altura não o sabia. Claro que adoraria poder alterar muitas delas, claro que sei que não é possível. Existem caminhos que não são definitivos e desses consegui desviar-me, outros não tornarei a sair deles e é neles que terei que aprender a orientar-me.
Pelo menos compreendi que sou fraco, que não sou tão forte quanto me julgava. Compreendi que a vida não passa de um jogo, compreendi que todos fazem bluff, que todos escondem parte do jogo e que nem sempre lançam a carta mais alta, que em determinadas jogadas perdem para ganhar mais noutras. Que posso eu fazer senão jogar também… só lamento de no momento não dispor de grande mão.

Terminei 2008 com o cérebro a 100% demasiado ocupado com reflexões, busca de explicações, resoluções para crises minhas e crises que outros vivem e que eu infelizmente não me consigo dissociar. Com o álcool agrava-se, salta para os 200% e ao ponto de por vezes ser bloqueante. Esta passagem de ano foi o que aconteceu… demasiado álcool, demasiado reflexões, demasiadas sensações novas, demasiadas memórias e recordações. Em muita coisa fui demasiado impulsivo, noutras estranhamente consegui controlar-me. No dia de hoje, dia 1 de Janeiro de 2009 e, sob o efeito depressivo do dia e noite de ontem, só me ocorre dizer – “Ainda bem que acabaste 2008, serás mais um ano a deixar-me marcas profundas”. Vem rápido 2009, vem rápido nova vida que eu estou farto da que tenho levado neste últimos tempos. Quero encher a cabeça com o trabalho, esvaziar o resto. Quero conseguir manter as pessoas que na realidade me interessam e que muito fizeram por mim. Com tudo isto foi bom saber que elas ainda ali estavam, estão e, penso eu, estarão. Também quero conhecer novas pessoas, daquelas que não têm de representar um papel mediante a pessoa que havíamos conhecido há 10 anos atrás. Quero ser eu, quero limitar-me a viver o presente, olhar para um futuro curto, libertar-me de constrangimentos, recordações e inibições que o passado incute.

Em jeito de última reflexão, pensando neste ano e até há ultima noite, tomei muita decisão que lamento mas que agora já nada há a fazer senão retirar a experiência. Agora é tempo de reconstruir, pensar no que falhei, no que me estava a tornar e no que quero ser. O que é bom numa reconstrução é que se acaba por questionar tudo e no meio de uma certeza que achamos que temos, cometemos alguns erros que por vezes tornam a destruir tudo ou pelo menos o patamar em que essa certeza assentava. Com o tempo vai-se lá, sei que é um processo moroso mas que uma parte complicada já foi feita. E o gratificante é saber que tenho quem me ajude neste processo e que não tem receio de apontar as más direcções só porque estou mais fraco ou porque sou fraco.

Feliz ano 2009 para todos.