2009/02/15

Nómada

Não me entendo,
Confundo sensações…
Sentimentos…vontades
Uma mescla com fronteiras indissociáveis
Sem saber o que querer…
Poder ou ter coragem de fazer.
Dificuldades em interpretar…
Ter receio de arriscar…
Nómada no amor,
Já fui platónico,
Já fui romântico,
Passei pelo realista com uma dose de egoísta
Saltei para o familiar… o nuclear.
Hoje? Quero? Sou?
Idiota!
Por continuar a acreditar no amor,
Por começar a desistir dele,
Por não saber se voltarei a amar…
Porque será só sexo.
Só físico, um reflexo.
Mas e se me envolvo…
E se o outro lado o vê como sexo…
Voltar a cair?
Mundo complexo… estranho…
Amor de uma vida? Aquela pessoa? Isso existe?
E quem é ela? Destino?
Voltarei a sentir?
Já o terei sentido?
Tê-lo-ei percebido?
Muito complexo…
Pensar em tudo…não pensar em nada

O amor não se diz, não se comunica
Sente-se… transmite-se
Quando?
Não há controlo, não há mapa
Basta acreditar,
Gostar de arriscar.
Percorrer trilhos escuros sem laterna,
Apagar luzes na claridade,
Procurar o norte Sem bússola,
E quando sentir que ganhei espaço,
Espaço para amizade,
Para a dor,
Para o rir,
Para o chorar,
Para suspirar,
Para ofegar,
Para tudo… e para nada….
Talvez o tenha encontrado… me tenha encontrado
Oferecido parte de mim…
Venha o suspiro,
a intolerância à solidão,
a necessidade da partilha,
O prazer da oferta…
A cedência do meu tempo…
O prazer de não o ter.
Pois quem ama não é dono do tempo,
Partilha-o, oferece-o, recebe-o…

Quero compreendê-lo…
Mas ele não se compreende… sente-se
Pensar sobre ele é caminhar para o engano
Não é racional, é natural
Não sabes porque comes
Sabes que tens fome
Pensar sobre ele gera entropia… confusão… desilusão
Simplesmente deixar fluir, aproveitar, gostar de ter…
Rir ao recordar,
Sorrir ao programar
Não perceber porque se faz
Adorar a sensação que traz
Quando se perde…
Perde-se o passado e o futuro
Procura-se um novo presente,
É obrigatório construir algo novo.
No amor não há meio-termo
Só termo certo…


Há confusão? Muita!
Há vontade? Pouca!
Que se lixe o amor…
Venha só o sexo,
É que na realidade
hoje as coisas funcionam assim
pouco poéticas,curtas e directas
Lutar por uma relação?
Não! Dá trabalho... consome-nos...
mais vale o ocasional...
ambos aliviam o stress,
e parte-se...
Não há prisões...
há o momento?!
e mais tarde?
Virá a solidão...
que se lixe... pensemos no presente.
e vivamos na "sociedade".
É só questão de me adaptar…
fazer as malas novamente...
Ao fim ao cabo… sou nómada!


Feliz fim de semana se São "Valentino"(Boss,Armani...como ontem alguém dizia,acaba por não passar de uma moda consumista) para todos vós.
Sei de alguns para os quais o dia teve um significado especial. :D
Grande abraço para todos, eu, daqui,já sabem que faço sempre força, até porque já se comia uma camarãozito e tirava o pó às gravatas. Vá... andem mas é lá com isso :D

2 comentários:

  1. Se o Sr. Eng. pretende tomar como alimento uns crustáceos decápodes, macruros, comestíveis, em especial das famílias dos Palemonídeos e dos Peneídeos pois que os vá adquirir em local próprio, como por exemplo, uma marisqueira.

    ResponderEliminar
  2. Como diria o nosso amigo Shakespeare:

    (...)"Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido,o mundo não pára para que o consertes.

    E, finalmente,

    Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.

    E percebes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.

    E que realmente a vida tem valor e tu tens valor diante da vida!

    E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!"

    "Carpe Diem", amanhã podemos não estar cá!

    ResponderEliminar