2009/05/25

Hoje estou deprimido!

Desenganem-se aqueles que julgam que é por ser domingo. Desenganem-se aqueles que considerem que são males de amor. Desenganem-se aqueles que acham que poderá ser por razões profissionais, sociais ou outras que tais. Quem me conhece bem decerto foi nestas razões que pensou.

Pois! Desenganem-se. A razão da minha depressão é muito simples, tal e qual a forma como agora encaro a vida. Estou deprimido porque esgotei os episódio do “How I met your mother” (não é um filme pornográfico, apesar de ter que concordar que foi a primeira coisa que me passou pela cabeça quando me disseram o nome). Acho que o melhor termo até acaba por ser desassossego. Como diria o meu grande amigo Ursdens (o do projector no sotão) - “Há quem leia livros, veja filmes, oiça música, etc., para nisso tentar encontrar um sentido para a vida”.A música que ouço selecciono-a com base no estado de espírito.

No que toca a filmes/séries ou livros não faço qualquer selecção ou, quando feita, somente por género. Vejo ou leio normalmente o que me aparece à frente e, para o provar, faço aqui uma revelação chocante – Já li, até ao fim, livros da Danielle Steel simplesmente porque estavam ali à mão! A música consegue ainda ter um efeito mais surpreendente, acaba por funcionar como uma base cronológica. Uma determinada música lembrar-nos-á para sempre de uma fase ou alguém. Mas como não é sobre esta que quero falar, largo este tema para uma outra ocasião.

Onde quero chegar é que em todos existe um ponto comum – a intensidade do sabor que deixam varia consoante o que sentimos quando vemos, ouvimos ou lemos e esta sensação é obviamente condicionada pelo nosso estado de espírito.

Eu simplesmente não consigo ver um filme/série (largo também os livros pela necessidade de afunilar o texto) sem que entre lá para dentro. Viver um personagem, uma situação, uma vontade ou um desejo. Quanto maior for o ponto de convergência, quanto mais me conseguir identificar maior o sabor que fica. Coisas que numa determinada altura passariam despercebidas ganham um peso brutal simplesmente porque parece que o estamos a viver. Parece que o filme foi escrito a pensar na nossa cabeça ou coração. Depois faz-me pensar, surgem as imediatas comparações, tiro conclusões ou aumento dúvidas. Não o levaria ao extremo de encontrar um sentido para a vida mas pelo menos ajuda a encarar esta.

Ora todo este paleio para dizer que o “How I met your mother” surge no momento certo. Deu-me ganas(pareço o Camacho) de viver, deu-me ganas de aproveitar, deu-me confiança para relaxar fez-me ver tudo o que tenho e mais que tudo fez-me ver que é preciso calma. Posso inclusive referir que me incutiu um certo senso místico, comecei a confiar no destino e no deixar as coisas correr. Não consigo explicar - daí o lado místico e não, não se preocupem que não vou ler o “Segredo” - mas sinto que caminho no sentido certo, a passos bem medidos e com olhar atento. Ainda não sei qual o destino final mas sei o que quero para o meu futuro, agora é ler as placas.

Sobre a série simplesmente não falo! Vejam. Mas posso garantir que todos os receios, duvidas, incertezas satisfações e insatisfações que sentem estão perfeitamente lá retratados de uma forma satírica (recorrendo ao exagero cómico) mas com aquele fundo de alguém que queria transmitir algo. Ou então, foi simplesmente a minha maneira de ver as coisas… face ao meu estado de espírito… Não sei... Arrisquem. Têm quatro “seasons”, de 24 episódios cada, para ver… eu já as esgotei.

2 comentários:

  1. É a tal história de um gajo querer ver um personagem como um reflexo seu... Vamo-nos espelhando...

    De resto, quanto a séries, não consigo mesmo pá...
    Ou passa na tv e vejo por acaso, ou então não tenho pachorra...

    Gostei da analogia ao universo porno... De facto o título é sugestivo! :)

    Grande abraço!

    Ps: Qd estiveres deprimido, pensa na sorte que tens em não ser do Benfica! :P

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  2. It's gonna be legen, wait for it, dary!

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