2009/03/30

Com vista pr'amar...

Um sonho, um suspiro e aquele calor
Um sorriso, parceiro de um carinho, sem pudor
Sinto-os, quero-os e agradeço-os
Cedo-os, ofereço-os… abdico….
Inspirar amor, expirar dor
Procurar sem saber onde encontrar,
Ser encontrado sem fornecer mapa.
Perder-me e, sem perceber, reencontrar-me.
Dar-te tudo sem poder dar nada.
Pedir-te tudo e ficar contente com pouco.
Roubar-te o coração,
para de seguida devolver, recheado.
Falar-te ao ouvido,
Contar-te o proibido e secreto,
Ouvir o óbvio e concreto,
A base, a fundação...a criação
A alma presa ao corpo,
Simbiose pura
Coesão e unidade…
Tudo simples, fácil... natural
Eis o que tenho…
E que te ofereço,
A ti,
Ilustre desconhecida,
Merecedora de tudo,
E do nada que sou eu.


Pois, voltou o meu lado romântico. Hoje a bipolaridade pendeu para este lado.
Hoje fui poluir a praia da barra, que é como quem diz fui dar uma corrida e deixei lá metade dos pulmões e respectivo alcatrão que os cobre... não brinco... foi duro! Entretanto já de rastos deixei-me ficar a observar o pôr do sol, que vos passo de seguida, e a sorver todo o romantismo e espectacularidade que transmitia.
Para os leitores que possuem dotes de realizador, aviso desde já que o poema(se é que lhe podemos chamar assim) não tem, por agora, destinatária. É um reflexo, ao estilo "Message in a Bottle"... sim aquele com o Kevin Costner... e sim, ultimamente tenho-me lembrado de cada merda de filme...
E assim surge a minha "Message in a Blog" pelo mar da Internet (irra...belo momento poético este).
Acho que vou adicionar a seguinte descrição ao meu blog - "Um blog reivindicativo mas com espaço para o amor" - é que nem a igreja Universal do Reino de Deus conseguiria um slogan melhor que este. :D
Desculpem a qualidade das fotografias mas foi o possível com o telemóvel.


Ver para além dos espinhos


Bifurcações... Cruzamentos...

P.S: Para a próxima prometo que acabo com a lamechice e falo de futebol!

2009/03/26

Espirito patriótico

Esta é uma posta ligeiramente diferente. Com uma vertente menos filosófica, sociológica,parva, absurda (enfim a palavra que melhor encontrarem para definir as minha habituais postas).

Gostava de apelar ao vosso espírito patriótico(que é como quem diz Fundanense) e pedir-vos que votassem numa banda do Fundão - Silent FX - para que pudessem ter hipótese de ganhar o Super Bock Super Rock Preload 2009(concurso de novos talentos).

Sobre eles, posso dizer que fui hoje vê-los aqui em Aveiro, também num concurso de bandas(COMA) e a música, apesar de não estar nos meus géneros preferidos, é de qualidade. Para além disso é tudo malta simpática, bem disposta e porreira.

Para votar bastam dois/três passos:
1)Registarem-se no site super bock seguindo este link
2)Aguardam pelo mail de confirmação e depois de a efectuarem sigam este link
3)Em lista de bandas procurem "Silent FX", ouvem a musica de demo e siga para o voto.

Gostaria ainda de acrescentar que hoje foi-me comunicado que se encontravam e segundo lugar logo... mais um motivo para votarem.

Saudações Fundanenses

P.S:Aproveito ainda para divulgar uma noticia em primeira mão. Existe um monstro na barragem da Capinha. Suspeita-se que seja do período Jurássico. Quem teve o privilégio de o avistar diz que ele é tímido, só aparece de noite, depois de bebidas três\quatro grades de minis (existem teorias que indicam que é o odor da cerveja que o faz sair).
Para quem o viu, quando confrontados com a comparação com o monstro de Lock Ness, a reposta é unânime - "Ui...Esse é para meninos".

2009/03/23

Ai ... ai... ai... quem escorrega também cai

Custa-me entender a falta de sinceridade de todo este mundo e mais ainda, a incapacidade que mostra para lidar com quem é sincero e directo… parece que ficam assustados surpreendidos… como diria um colega meu, o mundo não está ainda preparado para lidar com gente assim. Está de tal forma preso a máscaras e interesses próprios que a validade e veracidade passam facilmente para segundo plano.

Dói-me perceber que ainda não consigo descortinar todas as máscaras, custa-me perceber que fui e serei enganado… Irritam-me estes teatros da vida… gente que transmite mal disfarçado de bem, que fazem uso da arrogância para disfarçar cobardia e fraquezas… enfim, gente que não me interessa.

Eu gosto de boa gente, gente simples, gente sincera que sabe e não receia falar. Gente que sabe pensar, que sabe criticar, aceitar criticas… debater. Gente que não pede, que sabe receber e que sabe dar. Gente que luta, que não se acomoda, não se deixa influenciar e que respeita e luta pela amizade.

Farto de tolos armados em cucos. Gente que se acha importante, com capacidade para viver sozinha, que acha que os amigos são descartáveis porque estes chovem… Tão enganados! Boa gente escasseia, boa gente é difícil de conservar. Porque são exigentes. Porque não se contentam com “olás” e meia dúzia de palavras quando precisamos deles.

Gente que se faz passar por boa gente é aos milhares. Alguma desta possui uma capacidade camaleónica bem evoluída demorando, por vezes anos, a abrir a carapaça e a revelar as entranhas apodrecidas pelo bolor da inveja e da falsidade… mas como tudo… nada dura para sempre. E para esta gente nem metade, porque não dá nada e prefiro dar tudo a quem me dá metade.

Farto da aparência, de quem se rege e baseia nas aparências. Quando elas caiem, cai tudo. Sejamos sinceros uns com os outros, sem receios, vergonhas ou jogos. Eu pelo menos, não darei mais espaço a quem assim não seja. Estou farto, desgastado e cansado de lutar, farto que julguem que tudo funciona por marés e apetites.

Quero rir-me e ser parvo com quem ri naturalmente da minha parvoíce e não porque tem outro interesse. Quero chorar para quem não se aproveite da minha fraqueza. Quero desabafar com quem sabe ouvir-me, compreender-me, repreender-me e direccionar-me. Ou seja, só vou estar com quem sabe e acredita no meu verdadeiro valor e não pelo meu lindo carro, máscara, status, nome ou posição. Fica também a promessa de que, aconteça que acontecer (até mesmo um euromilhões :D), não vou esquecer de onde venho, os valores adquiridos e de quem me ajudou e ajuda - se o fizer simplesmente mandem-me com este texto à cara (se possível envolvido num paralelo).

Abraço e beijos e, para terminar, deixo uma música que alguém me deixou e cujo efeito foi bem superior ao que ela possa algum dia imaginar.

2009/03/16

O mundo é dos ricos e arrogantes?

Hoje uma música com conteúdo... forte e cheia de significado.
A ver vamos quantas pessoas a conseguem compreender, quantas têm valores para a conseguirem realmente sentir.
Amanhã, texto, que se espera com conteúdo.



Acho que a original não é do Jeff Buckley, mas foi através dele que a conheci.
A titulo de curiosidade foi a música que passou no funeral dele (também não sei se mito ou não). Morreu com trinta anos, afogado.

2009/03/09

Dia da mulher

Elas festejam o dia delas,jantam fora, enchem discotecas e fazem a festa.
Nós pensamos... Será que algum dia as vamos conseguir compreender?

Apelando ao meu lado romântico(ainda não sei se o esquerdo ou direito), dedico-lhes esta música, com o sentimento de que não há melhor sensação do que fazer uma mulher sorrir e conseguir roubar-lhes um olhar apaixonado.

Pena é que hoje o mundo, mais do que de valores, é de modas... e hoje em dia a moda não está para os românticos...

É até ao dia.



Já agora a versão original era dos Bee Gees.

2009/03/03

Ontem perguntei ao tempo... quanto tempo o tempo tem...

Parece que nada foi escrito ou foi dito mas, a bem dizer, este é o terceiro texto que escrevo. Os outros, simplesmente não me apeteceu publicar. Ficam para mim. Não interessam os motivos mas, como pista, indico-vos que vivo mentalmente, psicologicamente e fisicamente a tal velocidade que o que hoje é recente, amanhã está desactualizado. Posso mesmo dizer que o tempo começa a irritar-me mas, acho que começo a perceber o motivo… não o consigo controlar. Umas vezes passa demasiado rápido, noutras parece não querer passar. Pensando nisto cheguei à conclusão que é tudo uma questão de longevidade de pensamento…

Quando se tenta pensar a longo prazo, procurar resoluções, caminhos para a estabilidade, prever o futuro, decidir qual e para quando o meu novo destino... o tempo simplesmente parece não passar… Ainda à bem pouco tempo pensava no para onde vou, onde me sentirei bem, onde alcançarei a estabilidade(física, psicológica e sentimental), quando me sentirei realizado (enganam-se os que acreditam no plenamente), doutoramento, empresa, estrangeiro ou, simplesmente, permanecer… Escolhi bem? Terá sido a vinda para Aveiro a melhor opção? A bem dizer… que se lixem todos estes pensamentos! Fazem mal! Consomem-te na solidão!

Agora tenho adoptado uma postura diferente… deixar correr o tempo, pensar no imediatamente, viver o dia sem pensar muito no amanhã. Acordar, desperdiçar as oito horas de trabalho, outras duas de refeições e partir... fazer o que o instinto manda (de forma ponderada… está claro). Deixar de programar fins-de-semana (salvo raras excepções).

Cheguei à conclusão que estou perto de tudo… O dinheiro… está claro… é um impedimento… há que o controlar… que o gerir…que o esticar e ajustar - tirar daqui meter ali, poupar aqui para gastar ali. O gasóleo agora até está barato por isso toca a aproveitar e passear. Viajar em auto-estradas? Num fim-de-semana? Quem corre atrás de mim? Tenho música… paisagem…tempo para pensar. Como é possível!? Há dois fins-de-semana atrás apercebi-me que nunca tinha visto o mosteiro da Batalha. A vergonha de quem só andava na A1! E os camiões… os passeantes de Domingo? Fazem bem… induzem-te a adrenalina da ultrapassagem e fazem-te mudar de música para a acompanhar.

Que porra! Sou novo, tenho força, vontade, bons valores, muito bons amigos e amigas. Burro, infelizmente também não sou, senão seria fácil…ia para político (se um dia cair nestes meandros vai haver muita gente a gozar-me por causa destes texto). Sinto-me apoiado, aconselhado e incentivado e de onde isso chega retribuo da mesma forma. Recupero a confiança, ganho espírito revolucionário e, principalmente, evolucionário. Não me vou acomodar, vou avançado, mas com calma, analisando, apreendendo e interpretando o que está à minha volta. Basicamente vou caminhando sem pensar no Parkinson e Alzheimer. Nesta vida nada é decisivo. É tudo efémero e volátil, uma maré que ora leva ora traz.

Nem mesmo as minhas próprias decisões têm carácter definitivo (talvez porque errar é humano e sim, tenho sempre dúvidas). Hoje encaro todas as decisões que tomo como transitórias, todos os estados como transitórios e as fases como passageiras.

Reclamar da vida? Não. A vida é assim, quando menos se espera, sorri-nos. Quando menos se quer… fode-nos. O que é preciso? Deixá-la correr, interpretá-la e antecipá-la. Enganam-se aqueles que julgam que para a antecipar é necessário programar a longo prazo (claro que com excepção para a componente financeira… rais parta… está sempre lá). Antecipar a vida é viver e lê-la a curto prazo, porque é tudo volátil e uma semana, dependendo das fases, poderá corresponder a um mês… ou vice-versa. Este é o paradigma do tempo e a única forma de o combater é deixar passar. A ânsia de querer resolver tudo…fazer tudo…encontrar tudo só acaba por trazer a desilusão. Isto porque se anda num estado de constante espera…expectativa. Que lixe – digo mais uma vez. É bom que se tenha programas e objectivos mas não se pode pensar neles. Devemos estar preparados para agir de acordo com estes no momento em que aquele misto de instinto com racionalidade e bom-senso disparam e nos comunicam… chegou o momento.

Com base no que disse, revejo a minha vinda para Aveiro. Sempre tive aquele desejo de voltar. Sempre considerei uma boa cidade para trabalhar. Se calhar nunca viria para cá… se não tivesse havido aquele disparo, aquele tiro e aquele desnorte. Aqui entrou o bom-senso – “Se Lisboa já era grande e impessoal… então agora tornar-se-á enorme para ti. Se não gostas do que estás a fazer…”. Entrou a racionalidade – “Podes escolher para onde ir. Não estás limitado a Lisboa e mais tarde, se quiseres, voltar é fácil”. Entrou o instinto – “foi onde aprendeste a viver sozinho, sem família ou amigos de infância, onde tiveste que interpretar pessoas, desiludires-te com pessoas, seleccionar entre o amigo e o conhecido. Onde te (re)construíste como ser individual”.

Definitivamente uma boa opção, uma segunda passagem que mais uma vez eu vejo como ponte para outros voos. Curioso o significado que Aveiro poderá começar a ter para mim. Uma ponte entre Fundão e Coimbra… uma ponte entre Lisboa e… quem sabe.

P.S: Dada a hora tardia não houve pachorra para rever o texto. Qualquer gralha, façam favor de comunicar. Os leitores agradecem! Atentamente,
A administração deste blog.

P.S.2(pós-leitura e correcção):Ao reler este texto aprendi algo... afinal o tempo importa na altura de ler algo que se escreveu a pensamento solto...