2010/08/29

Três metros de texto...

(São)É agora 00:24 e vou escrever até que o sono me permita. Apetece-me escrever. Tenho muito para dizer. Não prometo um texto coerente e bem construído. Ligarei o piloto automático e deixarei as palavras fluir. É o que me apetece. Se sair um texto por demais longo e desencorajar aqueles que aqui chegarem, azar, não me interessa. Hoje apetece-me e também tenho direito aos meus momentos de egoísmo.

Acabei agora de ver um filme – the invention of lying - é giro. Uma ideia interessante. Escolhi-o pelo título pois, como quem me conhece bem, tento ler, ver ou ouvir algo que tenha a ver com o meu estado de espírito. É por ele que vou começar este texto desconexo. Si, aviso já, isto vai dar muitas voltas e nem eu as consigo prever. Há uns tempos disseram-me que os textos estavam mais maduros. Mais pensados. Mais coerentes e com ideias mais precisas acerca daquilo que eu sentia. Neste não o posso garantir, posso sim assegurar a mesma intimidade, sinceridade e identidade que marca este blog – a minha. Aparte necessário, voltemos ao filme. Achei interessante o conceito de uma sociedade que pecava pela honestidade, as pessoas eram de tal forma honestas que o mundo se tornava aborrecido. Isto dá que pensar… Entretanto surge um determinado personagem que, face a um sucedâneo de acontecimentos, aprende a mentir. Mentir numa sociedade que só conhece a verdade. Mentir numa sociedade em que nem possui um termo para tal actividade. Arma poderosa pensariam vocês. Tal não aconteceu… totalmente. Tudo bem, transformou-se num Moisés da era moderna mas manteve consciência e, a ideia que passa, é a de que tentou sempre usar a mentira para o bem. O argumento está efectivamente bem construído. Tirando a parte romântica, começa a enojar-me nos filmes… toda a gente sabe que isso morreu. Ou então, simplesmente é usada, nos filmes (e até poderia sublinhar), para que toda a gente diga – “Epah! Isso só acontece nos filmes… “. O filme deu-me muito que pensar, mas uma das coisas que gostava de partilhar convosco foi que me lembrei da minha tia. Uma tia que eu tenho, que já falei a muita gente, e que tem um fé em Deus enorme. Uma tia que sabe que não partilho das mesmas crenças, que me respeita e faz sentir que gosta de mim de uma forma extraordinária. Uma tia com quem adoro ter conversas teológicas porque não é fundamentalista. Ela simplesmente acredita na minha consciência, conhece o meu bom fundo no entanto, eu chamo-lhe consciência ela diz que é Deus. Ou seja, entendemo-nos perfeitamente e falamos a mesma língua ainda que com um vocabulário diferente. Este era um filme que eu gostava que ela visse, talvez lhe ligue amanhã. Hoje senti saudades de falar com ela. Acalma-me sempre o espírito.

Se me permitem um aparte. Só mais um. Agora fui ver o facebook. Lá estava o BR7 em grande, nas suas noites “non stop” pelo Sasha… aprendeu agora a curtir a vida e é algo que devemos respeitar. O que não posso respeitar é a hipocrisia! Passo a explicar… pois é! O nosso “amigo” resolveu colocar uma foto com o Paulo Azevedo (não é o da Sonae, é aquele rapaz deficiente que nunca desistiu e acabou por se reconhecido). Pois bem, nada de mal e, seria até de vangloriar, mas duvido muito que o “senhor” BR7 lá aparecesse se por ventura o rapaz não fosse conhecido. Servindo-me de um pouco de humor negro, apeteceu-me comentar – “Epah BR7, estás em grande… andas a tirar fotos com os deficientes todos. Primeiro o Sócrates depois o Paulo Azevedo. Estarás por ventura a fazer-te a um cargo no APPACDM? Por mim já ganhaste!”. Sim. Esta foi mesmo à Luiz Pacheco mas ando outra vez com este feitio. Desculpem este aparte, mas este é mesmo um daqueles ódios de estimação… e dói-me a alma só de pensar que este é o futuro daquela terra que todos conhecemos…

Assim como quem não quer a coisa, salto outra vez de assunto. Desta vez para contar uma estória. Uma estória que podia ser a tua ou, até mesmo, a minha.
Pois bem, conheci um gajo que estava num trabalho que não realizava totalmente(nade de novo). No entanto, conhecendo esse gajo como o conheço, ele se calhar também é demasiado exigente, com ele e com tudo. Mas pronto, cada qual é como é. Mas continuando, ele lá estava nesse trabalho, reclamando (como é hábito) dele mas já estava acomodado. Estava decidido que por uns tempos era aquilo que queria fazer pois não lhe trazia chatices. Sabia ao que ia na altura e, por isso, aceitou-o. Nunca teve problemas em lidar com as decisões que tomou e todas foram sempre ponderadas apesar de, aparentemente, impulsivas.

(a continuar... fiquei sem paciência)

(continuando)

Entretanto, o suposto destino bate-lhe à porta. Contactam-no e oferecem-lhe aquele tipo de trabalho que ele sempre sonhou. Supostamente desafiante e internacional (com a particularidade de os fins de semana serem passados em Portugal). Algo o fazia hesitar. Ele não conseguia perceber o quê mas decidiu calar essa voz e confiar no destino. Era a hipótese de uma vida. Ele sempre gostou de arriscar e enfiou-se. Chegou lá e nada tinha a ver. Nada do que lhe foi vendido correspondia à realidade e para complicar viu todo o resto do mundo desmoronar-se à sua frente. Ele estava no topo da falésia que ruiu. Sem dó nem piedade viu-se num plano abaixo do nível zero. Já evitava ir almoçar com os colegas do mesmo nível hierárquico para fugir à onda negativa. Todos se queixavam, todos lamentavam todos com o semblante carregado. Era tudo o que ele menos precisava. O tempo passou, ele fincou os pés em terra e decidiu agir. Foi falar com os superiores, aqueles que o entrevistaram e lhe prometeram o mundo e explicou-lhes a sua desmotivação e desilusão. Eles compreenderam, disseram que na altura também eles não sabiam bem o que era o projecto, pediram-lhe paciência, disseram que ficava o registo e que iam tentar mudar ou colocá-lo noutro projecto. Perceberam finalmente que não era ele o único a ter esse sentimento e resolveram falar com os restantes. Isto aconteceu à sensivelmente à um mês e meio. As coisas continuaram iguais e a desmotivação crescia a olhos vistos, a ansiedade pesava e a desilusão tomava conta dele. Tinha de agir pois foi como se tudo tivesse sido enfiado num saco. Não perceberam que com ele as coisas não funcionam a pancadinhas nas costas. Entretanto recebe um telefonema do seu antigo gestor de projecto, ele sabia que ele andava insatisfeito e faz-lhe uma proposta. A proposta era mais vantajosa unicamente a um nível. Ele antigamente estava a três níveis: Trabalhava para a empresa “A”. E a cadeia era A-> B -> C. A proposta que lhe faziam era para ir directamente para a empresa B. A empresa B poupava o que pagava à empresa A e o gestor de projecto (que pertencia à empresa B) ganhava um empregado que já conhecia o negócio e que já tinha dado provas. Decidiu aceitar pois havia perdido a vontade de arriscar num possível projecto que o realizasse mais e ao fim ao cabo, para esta já sabia ao que ia.

(logo termino isto, agora vou para a praia)

(continuando)


Foi então dizer que ia sair e que ia aceitar essa tal proposta. Tentaram demovê-lo. Disseram-lhe coisa como:
- Epah podias ter dito.
- Então mas eu falei convosco à mês e meio, expliquei-vos a minha desmotivação…
- Epah mas não disseste que ias sair…

- Então mas podemos colocar-te noutra área e agendaram uma reunião com o boss ainda maior… (há certas empresas que têm mais gente a mandar do que a trabalhar…)

- Epah e isso de dizeres que já deste a tua palavra ao outro lado… sabes que podes sempre voltar com ela atrás. Eles compreendem. ´

- Tu tens muito valor para nós e gostávamos muito que cá continuasses.

SIM! ESTA É MESMO A MINHA ESTÓRIA!

Bem, lá fui pensar mais um bocado(sendo que a do faltar com a minha palavra me estava a deixar bastante mal…), lá fui à reunião com o outro big boss e muito sinceramente até vou omitir esta reunião. Mas comparo-a a uma reunião de venda da bimby ou um daqueles aspiradores a vapor… Nem à pinta de um vendedor de automóveis conseguiu chegar…
Acabei por decidir e dizer-lhe que ia entregar a carta demissão, que não consegui mais do que quatro semanas pois no outro lado também precisavam de mim. Legalmente, visto ainda estar no período experimental, só tinha que dar duas semanas. Os gestores de projecto disseram que tinham pena mas que se a decisão já estava tomada, então nada havia a fazer. Prontifiquei-me também a ir lá fins de semana caso fosse necessária alguma passagem de conhecimento…
Ora tudo muito bem neste dia, quarta feira passada. Estava mesmo bem disposto por finalmente largar algo que me estava a fazer muito mal e por ter saído a bem, de consciência limpa pois ainda lhe dava mais tempo do que necessário. Uma vez mais abdicava de férias mas tudo bem, o dever profissional falou mais alto…

Ora nessa mesma noite, algo me perturbou. Algo fora do âmbito profissional mas que não me apetece referir agora. O que vos posso dizer foi que foi algo que me fragilizou e muito. Fantasmas…. Nada mais me apetece dizer… e acho que me faço entender a quem de direito!

Mas pronto… acordei pesado. Falamos de quinta-feira. Ora logo pela manhã, o manager, outrora simpático e muito compreensivo resolveu chamar-me para falar. Começou a desbaratar, a dizer que eu tinha mais era que ficar até ao fim do mês. Se eu sabia que tinah que dar um mês à casa… ao que respondi que estava enganado pois até estava a dar mais tempo do que o de lei… e segue-se o resto do discurso:
- Não interessa tu tinhas mais é que ficar até ao fim do mês.
- Mas eu tentei esticar ao máximo. Do outro lado já me queriam para o inicio deste mês e dia 20 foi o máximo que consegui negociar. Posso dizer-te até que abdiquei da ideia de tirar uns dias de férias para mim e tudo. Mais do que isto corria o risco de perder a oportunidade do outro lado…
- Oportunidade? Eu nem chamo a isso oportunidade. É uma merda. Já te disse que é a maior asneira que vais fazer na tua vida. Mas muito sinceramente hoje não estou com paciência para conversas por isso vá…
(e saímos)
Após esta conversa. Este manager foi falar individualmente com todos os outros meus colegas, que já estavam também já enviar currículos e começou a fazer-lhes festinhas e promessas. Não me apeteceu sequer saber mais…

Tudo normal não fosse este manager levar as coisas para o campo pessoal e agora resolver atacar-me…
Nesse mesmo dia à tarde, o gestor de projecto começa a elogiar-me:
- epah boas novas. O João conseguiu despachar isto antes do tempo e conseguimos recuperar inclusive o tempo perdido pelos turcos. Isto vai a bom gás…
Resposta do manager - sim senhora, agora que esse gajo se vai embora é que começa a produzir… - outrora era um valor fundamental para segurar a todo o custo…

Segundo ataque:
- sabes, até estou a pensar em organizar-lhe uma festa de despedida e tudo… ia ele e o Gervásio (oculto o nome por razões óbvias) lá para o outro bar. – para vos situar… este tal de Gervásio é um gestor de projecto que tem uns tiques abichanados e com quem toda a gente passa a vida a gozar (quando ele não está presente, é óbvio).

Entretanto, a ferver, levantei-me para fumar um cigarro e cruzei-me com este “senhor” e fiz questão de mostrar que nºao estava contente, cortando de imediato uma conversa que ele estava a tentar iniciar (suspeito até onde ira parar…).

Chega-se a sexta. Coisas mais ou menos digeridas e decidido a ignorá-lo. Eis que ele chega pela hora do almoço:
- Então? Alguém quer vir almoçar lá abaixo? João queres vir lá? Big John? – recusei e fiquei a pensar que talvez ele se tivesse apercebido do que fez…

Chega-se a tarde:
- Então o Ambrósio(uma vez mais oculto o nome) já preparaste o caldeirão de alcatrão e as penas? – já imaginava o que lá vinha e resolvi ignorar – Estás a ouvir João? Sabes que é isso que fazemos aos batoteiros… mas pensando melhor… acho que o teu novo trabalho já vai ser castigo suficiente… podemos dispensar-te disso… - uma vez mais, não comentei…

Confesso que já não me incomodou tanto… pois desta vez já estava preparado.

Guardei então este fim de semana para mim e evitei uma outra situação que poderia destabilizar-me por completo. Pensei. Aconselhei-me com alguns amigos. Uns dizem para ignorar, outros dizem para lhe responder sempre mantendo a educação e a postura.

Acho que lhe vou responder. Vou ser directo e sem meias palavras. Já percebi que este “senhor” nunca tinha apanhado ninguém que lhe fizesse frente e foi isso que o feriu. Um frustrado que gosta de apagar as suas frustrações no trabalho. Já agora foi este mesmo senhor que me disse para não dar tanto valor à minha palavra… que as pessoas compreendiam. Quem me pede algo assim, é porque também não dá valor à sua. Hoje tenho a certeza que sair dali foi a melhor decisão. Ir para ali foi um dos piores erros da minha vida que parece que nesse preciso momento entrou em colapso. Um efeito tipo “buterfly effect” em que tudo se desmoronou. Felizmente não fiquei parado.

Moral da estória:
Esquece a ética, esquece o pensar nos outros primeiro que em ti. Estás numa sociedade sem valores.


Agora venha a estabilidade.

Espiral Medula

Perfumes que perduram
Lembranças que queres esquecer
Alma que queres acalmar
Suspiras
Questionas
Suspiras
Esforças-te por entender
Recusas-te a morrer
Preferes renascer
Lutas
Questionas
Lutas
Passeias, viajas
Mas não sais do mesmo sitio
O corpo não se liga à mente
Sonhas
Questionas
Sonhas
mentir à mente
A mente não deixa
Até contigo és demasiado honesto
Olhas para o tempo
Questionas
Olhas para o tempo
Entretanto…
Começas a escapar-te…
e batem-te à porta
Questionas…
Os nervos assolam-te,
Os perfumes perduram.

2010/08/20

Depois da tempestade

Força pah! Decide-te! Deita fora a ética pois sabes que vais encontrar a estabilidade. este não foi o vento que o soprou, foste tu que o procuraste. Não te realiza totalmente mas já sabes ao que vais e terás tempo para o teu projecto. Esse sim deixar-te-á realizado. À semelhança do Miguel Veloso, também eu gosto de falar na terceira pessoa.

2010/08/19

Um comentário... já ninguém lê isto por isso posso dizer a porra que me apetecer

Quero começar aproveitar o oxigénio que respiro e não fazer disso um acto reflexo.

2010/08/17

No facebook não posso "postar", por isso vem para aqui...

“O Diogo fica triste quando o tio tem que ir trabalhar para Lisboa…”

Foi como uma faca cravada num peito já escancarado. Mas o tio colocou uma vez mais a mascara, escondeu o que sentia, foi tomar um café e partiu. Não quis olhar para trás, partiu sem habituais adeus. Fez mais uma viagem calado. Pouco há a dizer. Pobre de quem viaja com ele, pobre de quem se dá hoje com ele.

Sabes Diogo, na verdade, o tio é um inadaptado. Alguém que anda perdido. Alguém que por conhecer muito boa gente, simplesmente não se consegue dar com quem nada tem.
Alguém que nasceu numa era errada. Alguém que dá valor ao que a sociedade hoje descarta. Alguém que começa a perder a paciência de se olhar ao espelho. Alguém com o corpo cravejado de farpas que insistem em não sair. Alguém que se vai arrastando e que cada vez mais tem dificuldade em rir-se do que para ele não tem piada. Alguém que gosta de ser discreto numa sociedade em que ganham os que se pavoneiam. Um ser complexo, que pouca gente conhece verdadeiramente. Alguém sem medos. Alguém apressado. Alguém demasiado sincero, demasiado honesto, demasiado sentimental. Alguém que só quer ter uma “simple life”… mas que passa a vida a complicá-la e, normalmente, sem saber bem como. Estás perante o mais impulsivo dos impulsivos e o mais sonhador dos sonhadores, ainda que, não consiga desligar-se da realidade.

Hoje o teu tio acabou de ver mais uma temporada de uma série que sem dúvida o marcou nesta fase – How I met your mother. Talvez porque está nos trinta e talvez porque quando olha para o Ted se revê totalmente nele. Nos episódios que viu na semana passada achou-se ridículo como o Ted, hoje acha que se calhar o Ted até sabe como viver… e, no fim, já se sabe que o final vai ser feliz...

Um dia que leias este texto vais pensar que o teu tio era um tipo negro e demasiado pessimista. Pois digo-te que o teu tio é precisamente o contrário, é uma pessoa alegre e extremamente optimista. As coisas não lhe têm corrido nada bem, mas o teu tio nunca desiste. O teu tio nunca deixa de acreditar. Algures por aí está o trabalho que o realiza e a mulher que o fará sorrir (se calhar até está tudo perto, mas o teu tio, apressado, não consegue ver).

Amigos? Posso dizer-te, o teu tio já tem os melhores! E de quando em quando aparece mais uma ou outra pessoa. É bom conservar os amigos, é bom fazer tudo por eles, é mau quando por algum motivo os desiludes… Família? Por algum motivo este texto é para ti! Simbolizas a família e, acredita, não poderias ter nascido em família melhor.

O tio teve que vir para Lisboa… o tio teve que vir trabalhar… o tio anda a pensar sobre a vida, a vivê-la intensamente, para que um dia te saiba aconselhar. É que sabes? Esta Porra não é nada fácil! Anda por aí muita gente perigosa, gente fútil, gente sem valores e o tio nunca te vai deixar sozinho.

O teu tio nunca deixou quem lhe tocou sozinho, o teu avô também não e tenho a certeza que tu também não deixarás.

2010/08/11

Ainda em conversa...

No outro dia um amigo meu, vindo de um funeral de um tio, comentava cabisbaixo:
- Eram onze e já só restam 3... e no final do funeral olha... fomos beber umas minis.
Do incómodo que uma situação daquelas acaba sempre por causar respondo-lhe:
- É a vida pah... há que dar a volta por cima.
Mais diálogo, menos diálogo acabei a falar do meu pai.
- O meu pai morreu com 60 anos...
- Epah o teu pai morreu novo... já viste... a pensar nisso estaríamos precisamente a meio da nossa vida...
- É mesmo...
A partir daí a conversa passou pelo ter atitude e pelo passar a viver a vida. E cada vez mais acho que estou no bom caminho para tal. Recuso-me a fazer aquilo que não gosto só porque sim. Recuso-me a desistir do que quer que seja (desde que possa lutar por tal). Não me vou prender em futilidade monetárias ou materiais. Vou viver a vida, fazer o que mais gosto com quem gosto e com quem também goste de estar comigo. Pensar no dia de amanhã é o maior dos erros pois hoje há muito para fazer. Muito para gozar. Muito ao qual me entregar. Continuarei a entregar-me aquilo em que acredito ou então não estarei a viver. De que vale trabalhar se não me der prazer? De que vale ter dinheiro se não o usar para o prazer? De que vale amar sem me entregar? De que vale beber se não for para me divertir? De que vale dormir se não for para sonhar? De que vale acordar se não for para prolongar o sonho...

Vou deixar de pensar tanto no que quero para o amanhã, quero começar a viver com o que me faz bem hoje:)

2010/08/08

Porque neste fim de semana a saudade me bateu à porta, fui visitar a maior delas todas, o meu pai...

Foi ele quem me ensinou a lutar e nunca desistir. Que me ensinou a enfrentar os medos em vez de fugir deles ou fingir que estes não existem. Ele foi a pessoa mais forte que já conheci. Uma força enorme que fazia com que os que o rodeavam se sentissem fortes e protegidos também....

Ele sabia sempre o que fazer e tinha sempre o melhor dos conselhos...

2010/08/02

Julho de 2010

Uma data a recordar. Porque tudo me aconteceu neste mês. Porque levei porrada de todos os lados e a todos os níveis. Laboral, sentimental, financeiro, consciência… tudo!

No fundo sou eu o culpado. Gosto de brincar e dizer que este foi um mês azarado. Brinco quando digo que me lançaram um mau olhado. Brinco quando digo que fui alvo de uma macumba.

O culpado sou eu.

Sou culpado porque me deslumbrei com o destino. Estava quieto no meu canto, aparecem-me com aquilo que eu sempre considerei o trabalho ideal e o meu primeiro pensamento é – “Só pode ser o destino, vou ter que aceitar. Caso contrário deitarei fora a hipótese da minha vida.”. Porque razão não pensei eu – “Quando a esmola é grande….”. Fácil e com uma só denominação – Patinho ou, num termo mais familiar, tenrinho.

Sou culpado porque me deixei levar. Decidi entregar-me sem medir os riscos do cair. Assim se reaprende que no reino do amor, o que hoje é verdade, rapidamente passa a mentira.

Sou culpado porque ignorei riscos, não medi consequências e deixei-me levar pela boa sensação que aquele festival (FMM) me proporcionava.

Agora venha Agosto, como alguém me disse, só pode ser melhor. Tiraram-se lições, continua-se com a mesma frontalidade e, pelo menos um dos erros, pode ser resolvido. O laboral! Não desisto e sairei mais forte e melhor direccionado. Talvez cada vez mais seco, mais altivo(como alguém disse), mais frio e duro mas, são circunstâncias da vida, e as defesas vão-se aprimorando. Quem me conhece sabe o que sou. Quem me quiser conhecer terá que se esforçar.

Sei é que não vou desistir daquilo que quero para a minha vida, até porque sei que não é assim tanto.

Lembrei-me de um quarto erro, voltar a fumar. Foi um erro necessário e que rapidamente será resolvido. A estabilidade voltará a reinar porque me recuso a baixar os braços.

Está marcada a efeméride. Viva Julho 2010 um mês mau! Mas também já tive piores…