2011/01/19

Tempo

Não sei do tempo, perdi-o algures no passado. Não tenho tempo para nada e, no entanto, parece que tenho todo o tempo do mundo. Tarefas que vão sendo colocadas para trás, obrigações que vão sendo cumpridas, sonhos que vão sendo alimentados. Tudo ao sabor do tempo, o tempo que perdi e vou perdendo. Não sinto a confiança abalada, muito menos a certeza de paz futura mas tenho uma falsa paciência. Sinto-a a corroer-me os sentidos e vontades. Nunca fui gajo de sobrevivência ou acomodação. Sempre sorvi vida e quero voltar a esse estado. Ter tempo e estabilidade para me entregar à vida. Por enquanto adio, espero... sobrevivo...

Pode ser que, entretanto, o tempo volte a ser tempo.

E não me estou a queixar. Até porque de nada me posso queixar...

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